Aniversário da cidade de São Paulo: Nossa homenagem

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Aniversário da cidade de São Paulo: Nossa homenagem
Fonte: SANTUÁRIO APARECIDA

No dia 25 de janeiro celebramos o aniversário da cidade de São Paulo. Sua fundação ocorreu em 1554. O pequeno povoado que surgiu em torno do pátio de um colégio fundado pelos missionários jesuítas, se tornou a maior cidade da América do Sul e uma das maiores do mundo. Leia MaisA conversão de São Paulo: a surpresa de Deus, a crise e a rendição

O nome da primeira povoação foi dado em homenagem ao santo que a liturgia católica celebra em 25 de janeiro, o gigantesco apóstolo São Paulo que, de feroz perseguidor dos cristãos, se tornou, após a sua conversão, um dos mais fervorosos propagadores da fé em Cristo.

A colonização sobe a serra e avança rumo ao interior

Antes de São Paulo, no litoral paulista já havia outra vila criada pouco antes, cujo nome homenageava outro santo: São Vicente.

São Vicente foi uma das primeiras vilas brasileiras, fundada no litoral paulista em 1532, por Martim Afonso de Sousa. Na ocasião, fazia 32 anos que Pedro Álvares Cabral tinha chegado à Bahia. Estava começando, pela costa paulista, a criação de outras vilas, como Itanhaém e Santos. A elas seguiriam outras vilas em várias partes do litoral brasileiro.

Mas ainda passariam alguns anos até que a grande “muralha”, quase intransponível, representada pela Serra do Mar pudesse ser vencida pelos colonizadores. Quando a grande barreira foi superada, os colonizadores avançaram pelo planalto paulista, continuando a estabelecer povoações. E do planalto, seguindo o Rio Tietê ou Anhembi, foram se deslocando por todo o interior paulista.

Nesta marcha, em 1553, um ano antes de São Paulo, surgiu a vila de Santo André da Borda do Campo, no chamado “Caminho do Mar”, atual região do ABCD Paulista. Seu fundador foi o explorador português João Ramalho, que havia se casado com a índia Bartira, filha do cacique Tibiriçá, chefe da tribo dos guaianases, que hoje está sepultado na cripta da catedral da Sé, no coração da metrópole paulistana. E a palavra Guaianases foi dada a um dos bairros da cidade.

O nome de São Paulo veio substituir a palavra Piratininga dado pelos indígenas à região com o significado de “Peixe Seco”. O Rio Tietê era limpo e tinha muito peixe. Quando ele transbordava e depois voltava ao leito normal nas várzeas que se formavam, muitos peixes ficavam secando ao sol. A abundância de peixes atraia moradores para a região e quando os jesuítas chegaram já existiam cinco aldeias no planalto.

A miscigenação, com a mistura dos brancos com os indígenas, foi também um processo que foi avançando junto à colonização, desde os primórdios daquela que hoje a mais cosmopolita das regiões metropolitanas do Brasil, com seus 12 milhões de habitantes na capital ou 22 milhões nas 39 cidades que formam a região metropolitana.

cifotart/ Shutterstock
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Igreja do Pateo do Collegio, em São Paulo


Vermelho como fogo

Ainda naqueles anos, a Serra do Mar foi vencida mais uma vez por uma expedição, formada por um grupo de padres da Companhia de Jesus. Entre eles estavam São José de Anchieta, hoje sepultado na cidade que leva o seu nome, no estado do Espírito Santo e o então superior para o Brasil, padre Manoel da Nóbrega.

Eles haviam chegado ao Brasil em 1549, junto com a expedição de Tomé de Souza, primeiro Governador Geral nomeado por Portugal para “tomar conta” das terras do Brasil, antes chamadas de Ilha de Vera Cruz, Terra de Santa Cruz e finalmente Brasil, por causa da madeira tão comum em nossas terras.

O nome Brasil é traduzido como "Vermelho como uma brasa", se referindo à cor vermelha da madeira usada para tingir tecidos que os portugueses encontraram de forma abundante em nosso país - o pau-brasil, sobretudo, na região antes coberta pela vegetação da Mata atlântica. Sua origem vem a palavra celta "barkino" e que em espanhol passou a ser barcino, aportuguesado depois como Brasil.

Apesar do nome mais comum ser pau-brasil, os portugueses também passaram a usar outros sinônimos como pau-de-tinta, pau-rosado, pau-vermelho, pau-de-pernambuco em referência a Pernambuco ser um grande exportador. No latim, o nome de nosso país acaba se tornando “Brasília” nome aportuguesado para a atual capital da República.

Chegados ao planalto de Piratininga, os jesuítas encontraram “ares frios e temperados como os de Espanha” e “uma terra mui sadia, fresca e de boas águas”. O local era adequado para o seu propósito de catequizar os indígenas longe da influência dos homens brancos.

De um colégio, uma cidade

Em 29 de agosto de 1553, o Padre Manuel da Nóbrega começou a catequizar um grupo de cinquenta nativos, fato que aumentou a necessidade de fundar o primeiro colégio jesuíta no Brasil, numa região que facilitasse as condições para a alimentação dos indígenas. A localização perfeita foi encontrada numa colina alta e plana, cercada por dois rios: o Tamanduateí e o Anhangabaú. O primeiro hoje está canalizado e sem vida, o segundo desapareceu debaixo do Vale que leva o seu nome.

Os padres Manoel da Nóbrega e José de Anchieta celebraram a primeira missa no local de fundação do Colégio São Paulo de Piratininga, a instituição que daria origem a um pequeno povoado ao seu redor. O Pátio do Colégio é hoje um local histórico bem preservado na região central de uma das maiores megalópoles do planeta.

Era 25 de janeiro de 1554, festa da conversão de São Paulo Apóstolo que foi proclamado padroeiro da cidade em lugar de Nossa Senhora da Penha e, desde então, também a festa de aniversário da cidade de São Paulo.

Escrito por
Padre Inácio Medeiros C.Ss.R.
Pe. Inácio de Medeiros, C.Ss.R

Redentorista da Província de São Paulo, graduado em História da Igreja pela Universidade Gregoriana de Roma, já trabalha nessa área há muitos anos, tendo lecionado em diversos institutos. Atuou na área de comunicação, sendo responsável pela comunicação institucional e missionária da Província de São Paulo, atualmente é diretor da Rádio Aparecida

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