Ataques israelenses matam 104 palestinos e ameaçam cessar-fogo em Gaza - Vatican News via Acervo Católico

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Ataques israelenses matam 104 palestinos e ameaçam cessar-fogo em Gaza - Vatican News via Acervo Católico
Fonte: VATICANO

Após ataques nessa terça-feira (28/10) que deixaram 104 mortos, incluindo 46 crianças, o exército de Israel diz que o cessar-fogo foi restabelecido. Impasse sobre a devolução de corpos de ex-reféns israelenses impede avanços para a paz. Padre Gabriel Romanelli: “Aqui precisamos de um milagre de paz”.

Ricardo Balsani – Vatican News Após ataques aéreos, nesta terça-feira (28/10), que deixaram 104 palestinos mortos em Gaza, as forças armadas israelenses (IDF) reafirmaram seu compromisso com o cessar-fogo assinado em 10 de outubro. Israel declarou que os ataques eram uma resposta ao Hamas pela morte de um de seus soldados, atacado na cidade de Rafah, sul da Faixa de Gaza. O movimento islâmico palestino nega a autoria do ataque, afirma estar respeitando o acordo e, por sua vez, acusa os israelenses de seguidas violações da trégua. Além dos ataques, outra questão que coloca em risco o cessar-fogo em Gaza é a devolução dos corpos de 13 reféns israelenses sequestrados pelo Hamas em outubro de 2023. O movimento islâmico alega dificuldades para localizar os corpos entre os escombros causados pela guerra movida por Israel, que por sua vez acusa o Hamas de forjar a recuperação do corpo de um refém para ganhar tempo. O impasse bloqueia o avanço do acordo de cessar-fogo para suas fases seguintes, que trarão mais questões de difícil resolução, como o desarmamento do Hamas, o envio de uma força internacional de segurança para Gaza e a decisão sobre quem governará o território. População civil apreensiva Enquanto o processo de paz continua estagnado, as consequências mais graves recaem sobre a população civil de Gaza. Dos 104 mortos nos bombardeios, 46 eram crianças, de acordo com autoridades médicas locais. Muitos palestinos temem o fim da trégua e a volta da guerra total em Gaza. “Foi uma das piores noites desde que o cessar-fogo foi assinado. Os sons das explosões e dos aviões nos fizeram sentir como se a guerra tivesse começado novamente”, disse em entrevista à agência de notícias Reuters Ismail Zayda, pai de três filhos, que vive em tendas na região oeste da Cidade de Gaza. Padre Romanelli descreve o sofrimento das famílias Falando por videoconferência à “Maratona pela Paz”, evento realizado em uma universidade italiana, o padre Gabriel Romanelli, pároco da Igreja Sagrada Família em Gaza, descreveu as dificuldades das famílias que ele apoia na única igreja católica no enclave palestino. “É surreal. A ajuda humanitária entra em gotas, apenas no sul, e quase nada no norte. As pessoas precisam dessa ajuda, o sistema elétrico não existe há mais de dois anos e todos tentam produzir eletricidade de qualquer forma. Agora, finalmente, deixaram entrar um pouco de gás, depois de dois anos queimando de tudo para nos aquecer — madeira, tábuas e plástico”, disse o pároco argentino. Segundo Romanelli, partes da Cidade de Gaza, e as cidades de Khan Younis e Rafah, ao sul, quase não existem mais. Ele critica a demora para que Israel permita a reconstrução e agradece a proximidade do Papa Leão XIV e de outras lideranças da Igreja com os fiéis de sua paróquia. Por fim, ele desabafa: “aqui precisamos de um milagre de paz”. *Com informações de agências. 

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