Na Basílica de São João de Latrão, centenas de jovens se reuniram na sexta-feira (21/11) à noite para dar continuidade à vigília de oração de agosto iniciada em Tor Vergata, em Roma. Na conclusão do encontro, o anúncio: o Papa Leão XIV receberá os jovens da diocese de Roma em audiência em 10 de janeiro de 2026.
Giovanni Zavatta - Vatican News No dia 10 de janeiro de 2026, o Papa Leão XIV receberá em audiência os jovens da diocese de Roma: a boa notícia, acolhida por um longo aplauso, foi dada no final da noite (pouco depois das 23h) pelo padre Alfredo Tedesco, diretor do Gabinete diocesano para a pastoral juvenil. A "Noite na Catedral", convocada na basílica de São João de Latrão pelo cardeal vigário-geral para a diocese de Roma, Baldassare Reina, não poderia ter terminado de melhor forma, na véspera da Jornada Mundial da Juventude que será celebrada neste domingo, 23 de novembro, solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo. A diocese e os jovens Uma noite para dar continuidade à vigília de oração de agosto iniciada em Tor Vergata, presidida pelo Pontífice, a fim de alimentar um fio ininterrupto de conhecimento e amizade. “Gostaria de continuar até o amanhecer, mas é preciso ir dormir”, concluiu Reina, visivelmente feliz, anunciando que esta experiência será repetida e lançando novas iniciativas, como a (data cogitada: 24 de junho, Natividade de São João Batista) de reunir os jovens da diocese dentro e fora da basílica. Não perder a esperança “Ver o bem que existe, como aqui, esta noite, reforçá-lo, replicá-lo, numa pedagogia de olhares positivos feita de fraternidade, para percorrer outro caminho, fazê-lo nosso, distanciar-se da lógica do ódio e da violência, e dizer que isto não, não nos pertence”: assim respondeu pouco antes o cardeal vigário à pergunta de Ester, da paróquia de São Policarpo, que lhe perguntava “como podemos pôr fim à maldade que nos rodeia sem nos desanimarmos, sem perdermos a esperança”. Ester, tal como antes Francesca, Sofia, Elisa. Foram eles, os jovens, os protagonistas desta "Noite na Catedral": a passagem da Porta Santa, a catequese e o diálogo com o cardeal Reina, a adoração eucarística animada pelo Coro da diocese de Roma, dirigido por Mons. Marco Frisina, e as confissões. Momentos vividos ajoelhados, em oração, em intenso recolhimento, para aquecer os corações e afastar o frio repentino que se abateu sobre Roma durante a tarde. “Esta noite, aqui, dizemos que estamos do lado de Jesus, que é este o desejo que levamos no coração, a bem-aventurança que Deus preparou para nós, só para nós”, disse o purpurado na catequese: “Devemos acreditar na paz, na solidariedade. Não se preocupem em ir contra a corrente, em anunciar uma história que outros querem escrever com os instrumentos da violência. Deus se entrelaça com a nossa vida, continuamente, é Deus que nos impulsiona a ir em frente, para além dos problemas, dos fracassos, das frustrações. Ele nos diz ‘Tu és bem-aventurado!’. Ele nos infunde confiança: sem este projeto de vida, tudo corre o risco de ser insignificante”. A oração como diálogo A Elisa, da paróquia de Santa Sílvia no bairro Portuense, que lhe pergunta como alimentar a esperança através da oração, Reina responde sublinhando a importância de vivê-la como “um diálogo contínuo, espontâneo com Deus que nos escuta, na igreja, em casa, na rua”. A oração como diálogo “aberto, livre, verdadeiro”, exercício quotidiano da Palavra de Deus ao qual se deve confiar as coisas importantes da própria existência, do qual se deve tirar a força no momento da provação. A Francesca, da paróquia do Preciosíssimo Sangue bairro Tor di Quinto, o cardeal vigário diz que as escolhas importantes nunca devem ser feitas apressadamente, na onda das emoções: “Escutem-se primeiro, confrontem-se com Deus, também através de um pai espiritual capaz de vos ajudar, de vos corrigir”. “E depois, cerquem-se de amigos verdadeiros com os quais, iluminados pela fé, sereis capazes de encontrar onde a maravilha repousa e que a resposta está no fundo do vosso coração”. E a Sofia, da paróquia de Santa Maria Rainha da Paz em Ostia, que lhe confidencia as angústias dos rapazes e adolescentes, a sua busca por vezes acidentada de sentido, o purpurado entrega a imagem dos jovens na paróquia, a sua felicidade contagiante, a sua força atrativa. É juntos, numa comunidade mesmo que pequena, capaz de nunca julgar, mas de acolher sempre, que dificuldades e medos podem ser enfrentados sem ficarem sozinhos: amigos de Deus que ali encontram a resposta para todas as suas perguntas.