COP30: possível último dia da Cúpula, incêndio atrapalha negociações - Vatican News via Acervo Católico

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COP30: possível último dia da Cúpula, incêndio atrapalha negociações - Vatican News via Acervo Católico
Fonte: VATICANO

As negociações formais sobre o clima na COP30, em Belém, serão retomadas na manhã desta sexta-feira.

Silvonei José – Belém Possível último dia de negociações no âmbito da COP30, precedido ontem de um incêndio que afetou vários pavilhões da Cúpula para o Clima em Belém. Segundo fontes locais foi necessário atendimento médico para 13 pessoas que precisaram de tratamento devido à inalação de fumaça. De acordo com um comunicado das Nações Unidas, o estado de saúde das pessoas envolvidas continua sendo monitorado, cujas nacionalidades não foram divulgadas. Ontem, a Conferência, em seu penúltimo dia, foi suspensa. Em um comunicado oficial, a organização pediu aos delegados de vários países que aguardassem novas instruções, "após a conclusão da avaliação e a garantia de plena segurança no local". O comunicado enfatizou que o incêndio foi controlado em cerca de seis minutos e que o público foi evacuado em segurança. As negociações formais sobre o clima na COP30, em Belém, serão retomadas na manhã desta sexta-feira. Entretanto, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou nesta quinta-feira estar convencido de que um compromisso é possível na COP30 para atender às necessidades de adaptação às mudanças climáticas dos países em desenvolvimento e ao declínio dos combustíveis fósseis. "Comprometam-se de boa-fé a alcançar um compromisso ambicioso", exortou o chefe da ONU, enquanto a presidência brasileira da cúpula de Belém realizava intensas consultas com os países na véspera do encerramento oficial da COP. "Estou plenamente convencido de que um compromisso é possível, um compromisso que leve em consideração as legítimas preocupações com a adaptação", para as quais os países em desenvolvimento esperam apoio financeiro, "e as legítimas preocupações com a mitigação, que incluem, naturalmente, a necessidade de abordar a questão dos combustíveis fósseis, como foi feito na cúpula de Dubai." Na COP28, em Dubai, em 2023, mais de 190 países endossaram o princípio da eliminação gradual dos combustíveis fósseis, mas as negociações dos últimos dois anos não produziram avanços significativos em sua implementação. O presidente brasileiro Lula trouxe o assunto de volta ao topo da agenda política na quarta-feira, reiterando sua ambição de que a COP produza um acordo que abra caminho para roteiros de eliminação gradual do petróleo, carvão e gás, determinados pelos países sem restrições, de acordo com seu próprio ritmo de desenvolvimento. Guterres, referindo-se aos mais de 80 países que pedem um acordo ambicioso sobre o assunto disse que saudava o apelo da crescente coalizão que exige clareza sobre a transição para fora dos combustíveis fósseis. A aceleração da redução das emissões globais é possibilitada pela revolução das energias renováveis, especialmente porque a energia limpa nunca foi tão acessível e abundante, enfatizou o Secretário-Geral da ONU, pedindo o fim das distorções de mercado que favorecem os combustíveis fósseis. Guterres considerou um acordo "possível" e enfatizou que é "cedo demais para falar em fracasso", apesar da falta de progresso nas questões mais controversas. Segundo o Secretário-Geral, um compromisso poderia surgir se os países desenvolvidos se comprometessem a aumentar os fluxos financeiros, reiterando seu apoio à solicitação dos países em desenvolvimento para triplicar os recursos alocados a essas iniciativas. O primeiro texto de negociação proposto pelo Brasil inclui a possibilidade de um "roteiro" para a eliminação gradual dos combustíveis fósseis, uma opção contestada por um grupo de produtores de petróleo. Por sua vez, a próxima COP, a ser realizada em um ano, deverá ocorrer em Antalya, na Turquia, após a desistência da Austrália, a outra candidata. Adelaide ainda reivindica a presidência das negociações em 2026, mesmo que elas sejam realizadas na cidade turca. O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, chamou isso de "uma grande vitória tanto para a Austrália quanto para a Turquia". A Austrália também pretende garantir que, como parte do acordo, uma reunião de líderes "pré-COP" seja realizada no Pacífico, bem como uma grande rodada de arrecadação de fundos para o Fundo de Resiliência do Pacífico.

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