Cultura da Vida: educar para o amor é essencial para a cultura da vida - Vatican News via Acervo Católico

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Cultura da Vida: educar para o amor é essencial para a cultura da vida - Vatican News via Acervo Católico
Fonte: VATICANO

Cultura da Vida é um espaço de aprofundamento de temas relacionados à dignidade da vida humana e à missão da família como guardiã da vida com Marlon Derosa e sua esposa Ana Carolina Derosa, professores de pós-graduação em Bioética e fundadores do Instituto e Editora Pius com sede em Joinville, Santa Catarina. Marlon e Ana são casados há 8 anos, têm 3 filhos, são atuantes na Pastoral Familiar. Neste décimo terceiro encontro, educar para o amor é essencial para a cultura da vida.

Vatican News Olá, amigos da Rádio Vaticano! Aqui é Marlon e Ana Derosa. No episódio anterior, falamos sobre a sexualidade na vida conjugal. É fundamental que os casais estudem e compreendam o papel e o significado da sexualidade conjugal, e depois disso, possam falar sobre isto com os filhos. Sabemos que o tema da sexualidade está diretamente ligado a questões morais e bioéticas, bem como com a cultura do descartável, afinal, a incompreensão da sexualidade está na base de grande parte dos dilemas éticos. Hoje, muitos pais enfrentam grandes dificuldades para preparar os filhos para a vida adulta. No passado, mesmo que os pais não falassem muito sobre sexualidade, a cultura ajudava: existia um ambiente com valores mais claros. Mas agora, esses valores se enfraqueceram. A sociedade mudou, e muitos pais se sentem perdidos e despreparados para orientar os filhos. Vivemos em uma cultura que banaliza a sexualidade e apresenta uma visão confusa do ser humano. A mídia e as redes sociais falam muito sobre isso, mas quase sempre de um jeito superficial, sem respeitar as fases de crescimento das crianças e sem transmitir valores sobre o amor, a vida e a família. Com isso, a escola passou a tratar do tema, mas muitas vezes ocupando o lugar dos pais, oferecendo apenas informações biológicas, sem formação moral. Isso acaba confundindo os alunos, e privando-os de receber uma informação mais completa e mais profunda. Essa explicação para as crianças deve começar abordando que o ser humano é criado à imagem de Deus, e por isso é feito para amar. A Bíblia nos revela que Deus é amor e vive em comunhão: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e colocou neles essa mesma vocação: amar e viver em comunhão. Por isso, o amor é a primeira e mais importante missão do ser humano. E essa comunhão é vivida na família: uma comunhão de pessoas. Hoje o mundo fala muito sobre amor, mas quase sempre de um jeito errado. Exalta os sentimentos passageiros, o prazer sem limites e os relacionamentos sem compromisso. Mas isso não é amor, é egoísmo disfarçado de liberdade. Quando a sexualidade é vivida de forma desregrada e banalizada, a pessoa usa o outro para satisfazer um desejo, em vez de se doar com respeito e fidelidade. O amor verdadeiro é muito mais do que sentir: ele exige responsabilidade, compromisso e decisão. Amar é escolher o bem do outro, mesmo quando custa; é permanecer fiel, mesmo quando é difícil. E o fruto natural desse amor é a vida: os filhos são o principal sinal de um amor que se doa por inteiro e que participa da criação de Deus. Por isso, o lugar certo para viver o amor verdadeiro é o matrimônio, onde o homem e a mulher se entregam totalmente um ao outro diante de Deus, prometendo amor fiel e aberto à vida. No casamento, o amor se torna estável, fecundo e capaz de crescer a cada dia, porque está alicerçado não no egoísmo, mas no dom sincero de si: o único amor que realmente faz o ser humano feliz. Nesse sentido, ensinar da virtude da castidade é de fundamental importância, como ressalta a Amoris laetitia. Inclusive isso faz parte da missão dos pais na educação dos filhos para o amor verdadeiro. Mas essa formação precisa vir junto com outras virtudes, como temperança (saber ter equilíbrio), fortaleza (ter coragem para fazer o que é certo) e prudência (saber escolher bem). A castidade só se aprende quando a pessoa entende que o amor verdadeiro é aquele que não usa o corpo do outro e que sabe esperar. A visão distorcida do mundo não apenas confunde o amor, mas também banaliza a vida. Quando o amor é reduzido a prazer ou interesse, a vida humana passa a ser vista como algo descartável, algo que pode ser evitado ou até eliminado pelo aborto. Mas o amor verdadeiro faz o contrário: ele valoriza a vida em todas as suas fases, desde o primeiro instante no ventre materno até o último suspiro da velhice. Quem ama de verdade reconhece que cada pessoa é um dom, único e insubstituível, criado por Deus e digno de respeito. O amor verdadeiro protege, cuida e se entrega, porque vê no outro um reflexo do próprio Deus. Por isso, educar para o amor é também educar para a cultura da vida. As crianças e os jovens necessitam urgentemente dessa abordagem educativa, primeiramente pelos pais, e depois, pelos educadores e catequistas. Este foi mais um Espaço Cultura da Vida. Até a próxima!

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