Cultura da Vida é um espaço de aprofundamento de temas relacionados à dignidade da vida humana e à missão da família como guardiã da vida com Marlon Derosa e sua esposa Ana Carolina Derosa, professores de pós-graduação em Bioética e fundadores do Instituto e Editora Pius com sede em Joinville, Santa Catarina. Marlon e Ana são casados há 8 anos, têm 3 filhos, são atuantes na Pastoral Familiar. Neste décimo quinto encontro, trabalho pró-vida e casas de acolhimento.
Vatican News Olá, amigos da Rádio Vaticano! Aqui é Marlon e Ana Derosa. Hoje, vamos falar sobre a importância do trabalho de acolhimento das gestantes. Na cultura atual que frequentemente banaliza o valor da vida humana no ventre materno, é urgente que façamos crescer a consciência sobre a proteção da vida e os serviços de acolhimento a gestantes. A esse respeito falou o Papa Francisco, poucas semanas antes de falecer, quando já estava internado. Ao dirigir-se ao movimento pró-vida encorajou esses trabalhos e agradeceu dizendo: “Diante de várias formas de ameaças à vida humana, vocês se aproximaram da fragilidade do próximo e trabalharam para que na sociedade não sejam excluídos e descartados aqueles que vivem em condições precárias.” Pediu ainda que aos defensores da vida: “Não se cansem de trabalhar para a proteção das pessoas mais indefesas, que têm o direito de nascer para a vida, bem como de quantos pedem uma existência mais sadia e digna”. O serviço de acolhimento de gestantes em vulnerabilidade ou crise é uma urgência em nossos tempos. Há belíssimos trabalhos nesse campo, as chamadas casas pró-vida, em todo o Brasil. Mas com frequência essas casas enfrentam terríveis dificuldades, por falta de apoio em todos os aspectos, voluntários, estrutura física e institucional, e carência de apoio financeiro. E o serviço de acolher gestantes em crise é tão difícil quanto importante. Os servidores dessas casas pró-vida encontram realidades realmente muito difíceis. São mulheres profundamente feridas pela violência e abandono. Algumas trazem marcas de uma vida de abandono e sofrimento desumanos. Assim, podem apresentar problemas psicológicos difíceis de lidar. A muitas delas, faltou tudo! Desde o amor, o carinho, atenção, até a saúde mental, a estrutura familiar, a segurança, um lugar para morar com seus filhos e condições básicas para receber a nova vida que têm no ventre. Essas carências e realidades tão tristes são para nós um chamado. A Igreja é chamada a ajudar cada dia mais, criando estruturas pastorais e institucionais que possam ampliar estes trabalhos. Há regiões onde casas pró-vida são erguidas e mantidas por pouquíssimos voluntários, sem apoio institucional e enfrentam grandes dificuldades para permanecer existindo. Há casas pró-vida que salvam dezenas de mulheres e bebês por ano, mas dependem de um pequeno grupo de pessoas, que recebem poucas doações. Tantas vezes, além de disponibilizarem seu serviço quase em tempo integral em prol dessas pessoas, são essas mesmas pessoas que precisam arcar com as despesas. Não raro, essas casas vivem sob a ameaça de fecharem suas portas por tantas dificuldades. Por isso, é urgente que cada um de nós passe a ajudar de todas as formas possíveis este tipo de projeto. Cada um com o que pode dispor, seja tempo e atenção no serviço caritativo de acolher e cuidar, seja com serviços de apoio, seja financeiramente. Você já conhece as casas pró-vida na sua região? No Brasil temos diversos projetos que você pode buscar conhecer e auxiliar: ● Rede Nacional em Defesa da Vida e da Família, com sede no Rio de Janeiro, mas presente em todo o país com pequenos núcleos. ● O Lar Preservação da Vida, em Maringá. ● A Casa Pró-Vida Mãe Imaculada, em Curitiba. ● O Centro de Reestruturação para a Vida, em São Paulo ● A Associação Guadalupe, em São José dos Campos ● A Casa da Gestante Pró-Vida, no Rio de Janeiro. ● O Oásis da Imaculada, e também o Projeto Bityah, ambos em Belo Horizonte. ● A Associação Casa Luz, no Ceará. ● O Centro de Referência de Defesa da Vida, conhecido como Santos Inocentes, em Brasília. ● O Lar Renascer, em Joinville. ● A Associação Mãe de Misericórdia, em São Leopoldo. ● E muitas outras. Deveríamos ter uma casa ou projeto como estes por dioceses! A lista de casas pró-vida deveria ser ainda maior. Em geral, não possuem apoio do poder público, por isso, dependem de doações da comunidade e da ajuda nas campanhas e trabalhos voluntários. Em um pais que tem milhares de abortos todos os anos, é urgente ajudar a todos os projetos que atuam no serviço de acolhimento e defesa da vida. Encerramos este programa com o desafio a você, para que dedique-se e ajude como pode, e assim, fazer algo concreto na promoção da cultura da vida. E assim, citamos novamente uma frase do Papa Francisco ao movimento pró-vida: “Não se cansem de trabalhar para a proteção das pessoas mais indefesas, que têm o direito de nascer para a vida, bem como de quantos pedem uma existência mais sadia e digna”. https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2025-03/papa-sociedade-justa-nao-eliminando.html