Dívidas e usura: a Salus Populi Romani presta auxílio a 400 pessoas - Vatican News via Acervo Católico

  • Home
  • -
  • Notícias
  • -
  • Dívidas e usura: a Salus Populi Romani presta auxílio a 400 pessoas - Vatican News via Acervo Católico
Dívidas e usura: a Salus Populi Romani presta auxílio a 400 pessoas - Vatican News via Acervo Católico
Fonte: VATICANO

Foi apresentado o relatório de 30 anos da Fundação. O uso de empréstimos está crescendo, em parte para lidar com a inflação. Famílias com apenas uma fonte de renda são frequentemente as que enfrentam dificuldades. Trincia, da Caritas Roma, afirma: as pessoas chegam a se endividar para jogar.

Alessandro Guarisci – Radio Vaticana  É possível combater a usura (cobrança de empréstimos a juros excessivos e abusivos, popularmente conhecida como agiotagem no Brasil) e o superendividamento. E a Igreja de Roma dá respostas a quem foi vítima desse mal, graças a uma ajuda ou com uma consulta financeira. Nos anos 2023 – 2024, a Fundação Salus Populi Romani, criada pelo Vicariato de Roma, respondeu a 400 pedidos de auxílio, para os quais foram implementadas as atividades típicas da Fundação: escuta, orientação e, quando possível, apoio.  O documento foi apresentado nessa quinta-feira, 30 de outubro,  com o título “Assim como nós, perdoamos aos nossos devedores”. Ele, de certa maneira, percorre os 30 anos da Fundação, mas é também uma oportunidade, tendo em vista o Jubileu, para jogar uma luz de esperança na vida de tantas pessoas.  Histórias feitas de erros, de “passos mais longos do que a perna”   No total dos 400 casos, que correspondem a 993 pessoas — das quais 156 são menores de idade — foi possível atender a 282 pedidos de ajuda. O relatório afirma que “de algumas histórias emergem escolhas certamente influenciadas pela falta de prudência e por formas de pobreza cultural, em que o horizonte das decisões não é certamente inspirado pelo princípio da sobriedade. Atenção, porém, ao julgar e generalizar. Cada história é única e devemos abordá-la com muita delicadeza e sensibilidade”.  Um documento é composto também por “centenas de histórias feitas de erros, de incompreensões, de ‘passos mais longos do que a perna’, de truques comerciais e financeiros, submetidos em um mercado que, mais do que se definir como 'livre', parece sempre privado de garantias substanciais para as pessoas comuns, demonstrando-nos que, em muitos casos, se pode cultivar a esperança e resolver esse problema".  Muitas famílias com renda única em dificuldade    São muitos os fatores que levam as pessoas a recorrer a agiotas e contrair dívidas além de suas possibilidades: a perda de emprego, dificuldades econômicas relacionadas à Covid, a inflação. O documento aponta que 51% dos pedidos de ajuda foram feitos por homens e 49% pelas mulheres. Na quase totalidade, eles são de nacionalidade italiana. Os estrangeiros, de fato, são apenas 33, dos 400 casos. 70% dos casos provêm da cidade de Roma, 18% da província de Roma, e 12% de outras províncias de Lácio. Cerca de 50% dos assistidos souberam do auxílio da Fundação pela internet ou pelas paróquias. Cerca de um terço são famílias e 26% pessoas que vivem sozinhas. Pessoas, no entanto, não jovens, visto que os acima de 50 anos são cerca de 60%, e que têm um trabalho por tempo indeterminado,  sendo que 43% delas ganhavam entre € 1.500 e € 2.000. Assistência e ajuda econômica da Fundação em Roma  Assim, 286 pessoas foram acolhidas. Em 56% dos casos, a Fundação deu apoio econômico e financeiro. Ao restante, 44% foi de consultoria e orientações. Em 26 casos, o apoio financeiro não foi necessário porque houve capacidade de solução autônoma. A assistência da Fundação possibilitou, portanto, emergir potencialidades patrimoniais e de renda que, quando geridas corretamente, e às vezes com importantes sacrifícios, conseguiram evitar novos débitos. Portanto, são situações que poderíamos definir como riscos controlados/resolvidos com uma orientação correta." Trincia (Caritas Roma): Dívidas também decorrentes de jogos de azar O diretor da Cáritas de Roma, Giustino Trincia, afirma que “na capital, como em outras partes da Itália, existe um problema de superendividamento. E, infelizmente, muitas famílias com apenas uma renda estão em dificuldades. Mas estamos assistindo também pessoas recorrendo aos empréstimos, como aquelas que jogam jogos de azar, um fenômeno, infelizmente, em crescimento. E, infelizmento, notamos que o Estado incentiva. Para o Jubileu, tínhamos pedido uma moratória para os despejos, ao menos para quem tem dificuldades econômicas para pagar o aluguel, mas não fomos ouvidos”. 

Siga-nos
Acervo Católico

© 2024 - 2025 Acervo Católico. Todos os direitos reservados.