As equipes sinodais do mundo inteiro puderam compartilhar experiências como forma de engajar mutuamente a construção de uma Igreja cada vez mais sinodal, como aquela vinda do Brasil. Entre os membros, Mariana Venâncio foi convidada pela Secretaria Geral do Sínodo a contar sobre a caminhada no país. "Renovamos no nosso coração o desejo de continuarmos o nosso trabalho como equipe nacional, sobretudo neste período da fase de implementação nas igrejas particulares", disse Pe. Douglas Fontes.
Andressa Collet - Vatican News Em meio à Fase de Implementação do Sínodo no Brasil, a equipe nacional de animação participou do Jubileu das Equipes Sinodais e dos Órgãos de Participação realizado no Vaticano de 24 a 26 de outubro. "Foi uma oportunidade de nos encontrarmos com as equipes sinodais de todo o mundo, da Secretaria Geral do Sínodo e com o próprio Papa Leão", comentou o Pe. Douglas Alves Fontes ao Vatican News: "uma oportunidade para renovarmos no nosso coração o desejo de continuarmos o nosso trabalho como equipe nacional, sobretudo neste período da fase de implementação nas nossas igrejas particulares". O cronograma do processo sinodal deve ser organizado em etapas de implementação e avaliação desde 2025, se estendendo durante os próximos três anos para culminar na Assembleia Eclesial de 2028, visando garantir que as comunidades possam caminhar juntas e colher os frutos das suas experiências. O Brasil no Jubileu das Equipes Sinodais A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio da Equipe Nacional de Animação do Sínodo, enviou Mariana Aparecida Venâncio, também assessora da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética, para palestrar sobre Sinodalidade como Profecia Social. "Tive a honra e a responsabilidade de participar do momento introdutório do Jubileu das Equipes Sinodais, no Vaticano", na última sexta-feira (24/10), escreveu a brasileira nas redes sociais, uma das intervenções que precedeu a participação do Papa Leão XIV. Há um mês ela foi convidada pela Secretaria Geral do Sínodo para o momento considerado significativo na fase de implementação das orientações emanadas do Documento Final da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, o Sínodo sobre a Sinodalidade: "Foi um momento muito interessante de ouvir experiências e também de falar da experiência do Brasil nesse caminho sinodal no primeiro dia, ao compartilhar algumas reflexões, como a sinodalidade como profecia social a partir do contexto brasileiro. E a Secretaria do Sínodo enfatizou que eles gostariam de ouvir o Brasil e a nossa caminhada." A Equipe Nacional de Animação do Sínodo tem um duplo papel de estimular as dioceses com a oferta de uma formação continuada e a promoção da reflexão teológico-pastoral, e o de manter justamente uma interface com a Secretaria Geral do Sínodo, assegurando alinhamento e comunicação com a Igreja no Brasil. Como explicou Sônia Gomes de Oliveira, também membro da equipe do Brasil: "Durante as palestras e as mesas de debates conseguimos ouvir alguns sinais e apontamentos da sinodalidade. Vai-se abrindo o caminho, como um leque. Assim como as perguntas e as respostas aos continentes dadas pelo Papa, através de caminhos do que já está acontecendo nos diversos continentes; também vai abrindo caminhos pra gente. É uma troca de experiências mas, ao mesmo tempo, uma vivência da conversação no Espírito e a sinodalidade sendo vivida neste momento." As equipes sinodais do mundo inteiro puderam compartilhar experiências, como forma de engajar mutuamente a construção de uma Igreja cada vez mais sinodal, reforçou o Pe. Jânison de Sá Santos, outro membro da Equipe Nacional de Animação do Sínodo no Brasil: "Um momento muito importante de reflexão e partilhas, de escutar as experiências sinodais de diferentes continentes e realidades eclesiais, através da conversa no Espírito e com grupos de trabalho que nos enriqueceram para darmos continuidade ao trabalho com as nossas equipes sinodais no Brasil, nos preparando nesse caminhar como Igreja sinodal." A Fase de Implementação no Brasil O período decisivo de implementação tem o objetivo de “experimentar práticas e estruturas renovadas, que tornem a vida da Igreja cada vez mais sinodal”. O Documento Final do Sínodo serve como o ponto de referência para toda a fase, propondo um caminho de conversão para a Igreja, da cultura, das relações e das práticas eclesiais, e, consequentemente, da reforma das estruturas e instituições. A Igreja local deve encontrar as modalidades apropriadas para aplicar essas mudanças e a Equipe Nacional de Animação do Sínodo no Brasil pode prestar auxílio nesse discernimento, agora, ainda mais enriquecida com o que foi vivido durante o Jubileu no Vaticano, como desta o Pe. Júlio César Evangelista Resende: