Esperança em Leão XIV que vence a tristeza e desânimo - Vatican News via Acervo Católico

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Esperança em Leão XIV que vence a tristeza e desânimo - Vatican News via Acervo Católico
Fonte: VATICANO

"Para Leão XIV, a esperança deve se traduzir em ações concretas de caridade e justiça, especialmente no contexto do Jubileu da Esperança. O Papa Leão XIV nos apresenta, portanto, a Esperança não como um desejo vago, mas como uma confiança radical e ativa no Senhor Ressuscitado, que nos chama a sermos, cada um de nós, "sementes de esperança" no nosso dia a dia".

Jackson Erpen - Cidade do Vaticano A esperança, para Leão XIV, surge como uma força vital que supera a tristeza e o desânimo, reafirmando a confiança na dignidade humana e na ação divina diante das dificuldades. O Papa apresenta a esperança não como uma ilusão, mas como uma virtude ativa que impulsiona a fé e o compromisso com o bem comum, mesmo em meio às injustiças e crises do mundo moderno. Assim, a esperança torna-se um farol que ilumina o caminho da Igreja e dos fiéis, sustentando-os na perseverança e no trabalho por uma sociedade mais justa e fraterna. Dando sequência a sua série de reflexões sobre os Pontífices e a Esperança neste Ano Jubilar, Pe. Gerson Schmidt* nos propõe hoje "Esperança em Leão XIV que vence a tristeza e desânimo": "“Não se envergonha quem em vós põe a esperança, mas sim, quem nega por um nada a sua fé”. Com esse versículo do salmo 24, damos sequência ao aprofundamento da virtude da Esperança em nosso Papa Leão XIV. Em Audiência Geral de 6 de agosto de 2025, nosso Papa dizia, em tom profético: "Espero que no mundo contemporâneo, marcado por fortes tensões e conflitos sangrentos, a segurança ilusória baseada na ameaça de destruição mútua possa dar lugar aos instrumentos da justiça, à prática do diálogo, e à confiança na fraternidade." Na reta final já do Ano Jubilar, refletindo a Esperança, tema de todas as nossas reflexões, cabe agora atualizar concretamente essa virtude com palavras do Papa Leão XIV. Ele, como frisamos, nos ensina que é nos momentos de maior fragilidade e silêncio que a esperança se manifesta com mais força. O grito da confiança na cruz é prova de Esperança, não de desespero. Queremos ver a luz quando nossas trevas são mais densas. Pois, é necessário, como dizia São Francisco de Assis, no leito da morte, “recomeçar”. Precisamos ter a força para recomeçar, sem nunca desanimar. O Papa diz: "Não basta conhecer ou compartilhar a Palavra; é preciso amá-la. Assim, o testemunho se torna semente de esperança, capaz de germinar nos corações e dar frutos." (Homilia na Missa do Jubileu dos Catequistas, 28 de setembro de 2025).  A ressurreição de Cristo garante que nenhuma falha é definitiva, e que sempre é possível recomeçar. Nas catequeses jubilares de 1º e 8 de outubro de 2025, e na Exortação Apostólica Dilexi te, o Papa Leão aponta assim: “A ressurreição não apaga o passado, mas o transfigura em esperança de misericórdia. As feridas de Cristo não são sinal de derrota, mas prova de amor”. E completa: "Nenhuma queda é definitiva, nenhuma noite é eterna, nenhuma ferida está destinada a permanecer aberta para sempre”. Por detrás desse pensamento, está claramente a virtude da esperança de uma nova realidade: nenhuma queda definitiva, nenhuma noite eterna, nenhuma ferida que permaneça aberta. Na verdade, a realidade negativa que se apresenta há de passar, há de transformar para uma realidade positiva e melhor. Para Leão XIV, a esperança deve se traduzir em ações concretas de caridade e justiça, especialmente no contexto do Jubileu da Esperança.  A recém-publicada Exortação Apostólica Dilexi te faz uma clara ligação entre o amor a Deus e o compromisso com os mais frágeis. Há uma esperança em meio aos pobres. O Papa Leão XIV nos apresenta, portanto, a Esperança não como um desejo vago, mas como uma confiança radical e ativa no Senhor Ressuscitado, que nos chama a sermos, cada um de nós, "sementes de esperança" no nosso dia a dia. Há na esperança, um compromisso de amor “quer através do vosso trabalho, quer através do vosso empenho em mudar as estruturas injustas, quer através daquele gesto simples e próximo, será possível que aquele pobre sinta serem para ele as palavras de Jesus: 'Eu te amei'”. (Exortação Apostólica Dilexi te, 9 de outubro de 2025). Na Audiência Geral da quarta-feira 22 de outubro, dia de São João Paulo II, o Papa refletiu sobre o Evangelho dos discípulos de Emaús (Lc 24,13-29) e destacou como a Ressurreição de Cristo pode transformar a tristeza — considerada por ele como uma das “doenças do nosso tempo” — em esperança e alegria. Diante de milhares de fiéis reunidos na Praça São Pedro, o Pontífice afirmou que muitos vivem hoje um sentimento de precariedade e desânimo, de falta de esperança, que “invade o espaço interior e parece prevalecer sobre qualquer onda de alegria”. Nosso Sumo Pontífice diz que reconhecer a Ressurreição é mudar de perspectiva e voltar à luz da verdade que salva. “A tristeza ofusca os olhos e apaga a promessa que o Mestre tantas vezes fizera: que seria morto e, ao terceiro dia, ressuscitaria”. Ao recordar o momento em que os discípulos reconheceram Jesus ao partir do pão, Leão XIV afirmou que esse gesto “reabre os olhos do coração” e renova a esperança. “A energia volta a fluir, e as memórias regressam à gratidão. É o Ressuscitado que muda radicalmente a nossa perspectiva”, completou. Quando abrimos nossos olhos e reconhecemos o Cristo ressuscitado, diante das batalhas, nosso coração se enche de esperança que não decepciona jamais. O Papa, portanto, afirma como a ressurreição de Jesus pode curar uma grave doença atual: a tristeza. Os discípulos de Emaús também a experimentaram quando, sem esperança e com o rosto triste por causa da morte de Jesus, voltaram as costas à Jerusalém. A desolação apoderara-se do seu coração, a ponto de lhes apagar da memória as promessas do Mestre. Porém, ao longo do caminho, Jesus ressuscitado aproximou-se deles, escutou-os, falou-lhes das Escrituras e, por fim, deixou-se reconhecer ao partir o pão. Com tudo isto, o coração deles voltou a arder de alegria e ganhou novo vigor. Acreditar na ressurreição, com efeito, significa aderir à verdade que ilumina de esperança o nosso olhar. “A ressurreição de Jesus Cristo é um acontecimento que nunca se acaba de contemplar e meditar, e quanto mais o aprofundamos, tanto mais ficamos cheios de admiração, atraídos como que por uma luz insustentável e ao mesmo tempo fascinante. Foi uma explosão de vida e de alegria que mudou o sentido de toda a realidade, de negativo para positivo; e, no entanto, não ocorreu de modo retumbante, e muito menos violento, mas suave, oculto, dir-se-ia humilde”, falou o Papa na audiência de 22 de outubro de 2025". *Padre Gerson Schmidt foi ordenado em 2 de janeiro de 1993, em Estrela (RS). Além da Filosofia e Teologia, também é graduado em Jornalismo e é Mestre em Comunicação pela FAMECOS/PUCRS.

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