Na Turquia siríaca, a história de Seydi, caminho para a paz
Antonella Palermo – Nusaybin, Idil
Viajar pela Rota da Seda imaginando histórias de missionários, mercadores e exploradores que chegavam ao Extremo Oriente é uma viagem pela história milenar de terras com um sabor mítico. A fertilidade proverbial, a riqueza cultural inestimável e a posição geopolítica estratégica representaram, no entanto, em muitos casos, um catalisador de desejos predatórios externos, uma fonte de danos estratificados no decorrer dos séculos.
"Quando as guerras do Golfo se associaram ao radicalismo religioso, quem pagou o preço foram as minorias”, explica dom Paolo Bizzeti SJ, ex-vigário apostólico da Anatólia e ainda presidente da Caritas Anatolia. Os que mais sofreram foram os cristãos, que emigraram principalmente para a Europa, tanto que muitos povoados foram esvaziados de sua presença. Nos últimos tempos, tem havido um retorno progressivo, acompanhado por um aumento do turismo também na Turquia siríaca, que até cerca de dez anos atrás era quase completamente desconhecida. Também sob esse aspecto, não se pode ignorar a ambivalência de um fenômeno que, se em algumas partes ainda é embrionário e harmonioso, em outras cria um impacto desordenado.