O presidente russo Putin anunciou que a Rússia adotará “medidas de resposta adequadas” se os Estados Unidos retomarem os testes nucleares, após o anúncio feito dias atrás pelo presidente estadunidense Trump de que Washington “realizará testes porque outros os estão realizando”. Enquanto isso, na Ucrânia, são registrados ataques com drones russos em várias regiões do país
Vatican News Fazer todo o possível para "reunir informações" e, se necessário, "apresentar propostas coordenadas sobre o possível início dos preparativos para testes de armas nucleares": foi assim que o presidente russo, Vladimir Putin, durante uma reunião do Conselho de Segurança em Moscou, instruiu sua equipe de inteligência a averiguar os recentes anúncios de seu homólogo estadunidense, Donald Trump. Anúncio de Trump O líder da Casa Branca anunciou na semana passada que os Estados Unidos retomarão a realização de testes nucleares "porque outros os estão efetuando", uma clara referência à Rússia e à China, que, no entanto, negaram a alegação. Trump esclareceu que esses testes não comportarão explosões nucleares, mas envolverão "outras partes de uma arma nuclear" para garantir seu funcionamento. Testes nucleares ao longo da história A última vez que Washington testou sua capacidade detonando ogivas nucleares foi em 1992; Moscou, por sua vez, o fez em 1990, pouco antes da queda da União Soviética. Hoje, a Rússia testa regularmente – assim como outros países – sistemas de lançamento com capacidade nuclear, como o submarino Poseidon e o míssil Burevestnik: "Moscou sempre cumpriu escrupulosamente suas obrigações sob o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares", afirma o Kremlin, "mas se os EUA ou outros países signatários do Tratado realizarem tais testes, a Rússia será forçada a tomar as medidas retaliatórias apropriadas". A guerra na Ucrânia Enquanto isso, os ataques com drones russos continuam em várias regiões da Ucrânia: em Sumy, uma pessoa morreu e três ficaram feridas enquanto viajavam em um veículo civil alvejado na localidade de Seredyna-Buda. Ao mesmo tempo, Kiev concentra seus bombardeios em instalações de refino de petróleo no interior do território russo: em Volgogrado, uma pessoa morreu e um incêndio foi desencadeado em uma área industrial. Por fim, em Kupyansk e Pokrovsk, de acordo com o Ministério da Defesa russo, a "situação está se deteriorando rapidamente" – uma alegação negada por autoridades ucranianas.