O cardeal secretário de Estado presidiu, como legado pontifício, a missa solene que marcou o aniversário de 150 anos da chegada da pintura de Nossa Senhora do Rosário à cidadela situada na Região da Campânia. Numa época em que tudo é medido pela eficiência e utilidade, a Virgem Maria ensina a "pressa do coração" que nos impele a anunciar o amor de Deus e a não desviar a atenção das necessidades do outro.
Vatican News O santuário mariano de Pompeia está vivendo um verdadeiro "Jubileu no Jubileu", como enfatizou na manhã desta quinta-feira, 13 de novembro, na qualidade de legado pontifício, o secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, ao presidir a missa solene que marcou o aniversário de 150 anos da chegada do quadro de Nossa Senhora do Rosário. A ocasião também comemorou a canonização, em 19 de outubro passado, de Bartolo Longo, fundador e benfeitor do Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Pompeia, neste Ano Jubilar em que a Igreja celebra o Ano Santo da Esperança. A proximidade do Papa Participaram do rito — precedido por um momento de oração e veneração, conduzido pelo cardeal no interior do santuário, diante dos restos mortais de São Bartolo Longo — o arcebispo Tommaso Caputo, prelado e delegado pontifício de Pompeia, numerosos bispos e sacerdotes, autoridades civis e militares, além de vários fiéis e devotos peregrinos de diversas partes da Itália. O legado pontifício transmitiu a todos a saudação de Leão XIV: "O Papa também se une a nós espiritualmente em nossa oração", disse ele. "Neste dia, sentimos sua proximidade, sua presença entre nós, e confiamos sua pessoa e seu ministério apostólico à proteção de Maria, para que ele guie a Igreja com a sabedoria e a força que vêm do alto." A ternura e o cuidado de Maria "O Santuário de Nossa Senhora do Rosário", continuou Parolin, é "uma casa de oração e esperança para muitos", um lugar onde nos sentimos "envolvidos pela mesma ternura que Maria ofereceu à casa de Isabel: uma presença silenciosa e carinhosa, repleta de fé e amor". Hoje, porém, enfatizou o legado papal, tudo acontece muitas vezes "com pressa", e tudo é medido "em termos de desempenho, eficiência e utilidade". Embora tudo isso produza benefícios, ao mesmo tempo, "o outro lado desse frenesi é a distração do coração", que desvia a atenção das pessoas, de suas necessidades e dores, transformando a pressa em fuga. "Apressamo-nos para não pensar, para não se questionar sobre o profundo sentido da vida. Uma sociedade apressada, de fato, ignora facilmente as grandes perguntas sobre o sentido da vida", observou ele. A pressa da alma não é mero ativismo Pelo contrário, a pressa da Virgem Maria em direção à sua prima Isabel é "uma pressa interior, que nasce do coração e de um profundo desejo de contar as grandes obras de Deus". Não se trata de "velocidade física, mas de pressa da alma" de quem sente a urgência, a "prioridade absoluta" de partilhar a alegria do amor de Deus com os outros, iluminando o seu caminho. Daí o convite do secretário de Estado a todos os cristãos, chamados a "imitar essa pressa" e não a "pressa superficial de quem se deixa dominar pelo ativismo".