O professor Edmar Brígido, da Faculdade Vicentina de Curitiba, falou à Rádio Vaticano - Vatican News sobre o Jubileu do Mundo Educativo, que busca promover um novo modelo de educação centrado no ser humano, meio ambiente e sociedade.
Silvonei José – Vatican News Recebemos nos estúdios da Rádio Vaticano – Vatican News o professor Edmar Brígido, da Faculdade Vicentina de Curitiba, no Paraná, presente em Roma para participar do Jubileu do Mundo Educativo. E nós conversamos com ele Professor, alegria tê-lo conosco. Bem-vindo à Rádio Vaticano. “Obrigado, Silvonei. Uma alegria estar aqui. Uma alegria conversar com os ouvintes do Brasil e do mundo que nos acompanham”. A sua presença em Roma para o Jubileu do Mundo Educativo. O que significa esse Jubileu para vocês? “Estamos vivendo um momento importante para a educação no mundo todo, com o pacto que foi lançado pelo Papa Francisco e que agora é abraçado pelo Papa Leão. Então, o Jubileu do Mundo Educativo tem como objetivo lançar adiante esse projeto, que já tem cinco anos de origem, e com esse projeto conseguir construir uma educação fundamentada em uma base nova, que é o ser humano pensar de forma integral. Então, estamos juntos com a Igreja tentando promover esse projeto de construção de um novo modelo de educação, uma educação que pense o ser humano, pense o meio ambiente e pense a sociedade como um todo”. São muitos os educadores de todas as partes do mundo presentes em Roma. E a cereja do bolo, o encontro com o Papa Leão XIV. Como é que foi esse encontro? “Então, nós tivemos pela manhã a audiência, às 11 da manhã, com o Papa Leão XIV. E foi um momento especial, porque ele se dirigiu ali para educadores de todo o mundo e nos convidou a repensarmos o modelo de educação que nós estamos promovendo hoje nas nossas escolas e faculdades. E o Papa, citando o Papa Francisco, mas também citando Santo Agostinho, São Carlos Acutis, ele nos provocou a desenvolver um modelo de educação que tenha como objetivo promover a dignidade da pessoa humana. Esse é um grande desafio, porque hoje a educação tem como objetivo formar a mão de obra para atender as demandas do mercado de trabalho. E o que a igreja e o Papa têm nos convidado a refletir é se esse modelo é de fato adequado e o convite da Igreja é para que a gente possa promover uma educação mais humanizadora”. O Papa iniciou o seu discurso dizendo que esperou por esse momento com grande emoção e que a companhia dos professores faz lembrar dos anos em que ensinava matemática para os jovens vibrantes. "Agradeço por terem aceitado o convite para virem aqui para compartilharmos. Agradeço por terem aceitado o convite para virem aqui para compartilhar as reflexões e esperanças que por meio de vocês, transmitam aos nossos amigos em todo o mundo". Então, o senhor leve também esse abraço do Papa à nossa realidade de Curitiba. “Sem dúvida levaremos para os professores da Faculdade Vicentina, também para os nossos alunos e para aqueles mais do Brasil que estão ali também abraçando esse projeto bonito que a Igreja nos apresenta”. O Papa também fala de uma educação desarmante e desarmada que cria igualdade e crescimento para todos. “O Papa falou de uma paz, agora de uma educação. Isso, então é o convite do Papa para que a educação seja a promotora da paz, do encontro. Eu acho que ele retoma uma série de princípios que o Papa Francisco já havia postulado anteriormente e dentre esses princípios talvez o mais importante seja justamente o que ele falou... O Papa falou de uma cultura do encontro, onde nós, por mais que tenhamos diferenças, sejam ideológicas e até mesmo religiosas, possamos nos encontrar. E o espaço da educação, da escola, o espaço acadêmico é o espaço do encontro, onde pessoas diferentes, que pensam diferentes, que são diferentes, podem se encontrar, dialogar e ali formular uma série de consensos, de entendimentos. O Papa destacou bastante isso, a importância de uma educação, uma educação que, promovendo o encontro, seja geradora da paz”. Eis a íntegra da conversa:
