RDC. Massacre em Byamwe reacende apelos de ajuda face às Foças Democráticas Aliadas (ADF) - Vatican News via Acervo Católico

  • Home
  • -
  • Notícias
  • -
  • RDC. Massacre em Byamwe reacende apelos de ajuda face às Foças Democráticas Aliadas (ADF) - Vatican News via Acervo Católico
RDC. Massacre em Byamwe reacende apelos de ajuda face às Foças Democráticas Aliadas (ADF) - Vatican News via Acervo Católico
Fonte: VATICANO

A paróquia de São Paulo de Byambwe, no Kivu do Norte, República Democrática do Congo (RDC), foi vítima de um ataque particularmente sangrento e mortífero. Tudo aconteceu na noite de 14 para 15 de novembro de 2025, quando suspeitos de serem combatentes da ADF-NALU invadiram a paróquia, matando pelo menos 28 pessoas, incendiando um centro de saúde local e destruindo várias casas.

Jean-Paul Kamba, SJ – Cidade do Vaticano Em entrevista à Rádio Vaticano, o padre Katsere Gislain, pároco da Igreja de São Paulo, explicou que os atacantes atacaram zonas residenciais na noite de sexta-feira, incendiando doze casas no bairro de Makuta e outras onze em Django. O número de mortos é elevado: 28, incluindo 16 mulheres, entre elas uma jovem menina, e 12 homens, dois dos quais jovens meninos. A maior parte dos homens foram mortos no lugar nos bairros de Makuta e Django. Um drama inexplicável num clima de persistente insegurança. Em Biambwe, os motivos dos atacantes permanecem desconhecidos. "Não sabemos os motivos deles. Essa é a pergunta que todos estão a fazer", diz o sacerdote, referindo-se ao "suposto ADF-NALU", ao qual são atribuídos inúmeros ataques na região. Após o massacre, observou-se um êxodo em massa. Os moradores procuraram refúgio em Butembo e Ziampanga, abandonando as suas casas. "O ambiente está tenso. Todos estão preocupados. É mesmo um êxodo em massa", testemunha o padre Katsere. Os moradores temem que os insurgentes regressem, especialmente porque várias fontes locais afirmam que elementos armados ainda circulam na zona. A resposta das autoridades: tardia, mas visível. As autoridades administrativas e militares locais chegaram ao local após os acontecimentos. A sua presença, porém, não impediu a incursão mortal. O sacerdote lamenta que este massacre não tenha podido ser evitado. Ainda assim, tranquiliza a população, afirmando que foram enviados soldados para a aldeia para tentar impedir outro ataque. A paróquia, último refúgio espiritual para uma população traumatizada Perante o choque, a paróquia continua a ser um dos poucos lugares de apoio. “Tudo o que podia fazer era celebrar a missa de requiem”, explica o pároco, que organizou o funeral da maioria das vítimas logo no dia seguinte. As famílias enlutadas, privadas de tudo, encontraram na comunidade cristã um espaço de recolhimento e acompanhamento. O apelo do Papa Leão XIV: um sinal de esperança No domingo, durante o Angelus, o Santo Padre falou das vítimas de Biambwe, rezando pela paz no leste da República Democrática do Congo. Esta atenção foi recebida com carinho pela paróquia enlutada. "Pensávamos que tínhamos sido esquecidos. Quando a voz do Santo Padre ressoou para falar da nossa situação, ficámos muito, muito felizes", confidenciou o pároco de Byambwe. Para além da compaixão, a Igreja local apela à comunidade internacional para agir. "O inimigo é quase internacional. Precisamos de ajuda", insiste o sacerdote, apelando também às autoridades congolesas para que reforcem as medidas de segurança.

Siga-nos
Acervo Católico

© 2024 - 2025 Acervo Católico. Todos os direitos reservados.