Santo Inácio de Antioquia, Bispo de Alexandria, era descendente de uma família pagã e se converteu ao cristianismo quando já não era mais tão jovem.
O Santo foi evangelizado graças as pregações de São João, que na época passou pela região onde ele vivia.
Antioquia era uma das maiores metrópoles do mundo antigo, depois de Roma e Alexandria do Egito, onde atualmente é o território da Séria.
Foi um dos primeiros mártires da Igreja, percorreu um difícil caminho para depois ser torturado por guardas romanos e teve seu corpo devorado pelas feras no Coliseu em Roma, no ano de 107.
As Cartas de Santo Inácio de Antioquia
Ao longo do percurso que o levaria à morte, Santo Inácio escreveu sete cartas que formaram um documento preciosíssimo para a Igreja.
Nas cartas escritas em Esmirna, as quatro primeiras, foram expressos seus agradecimentos pelas demonstrações de afeto das comunidades da Ásia Menor: Efésios, Magnésios e Trálios.
A quarta carta foi direcionada à Igreja de Roma, na qual fez um apelo aos fiéis para que não impedissem seu martírio, pois para ele era uma honra ter a chance de “reviver” o caminho de Cristo em Sua Paixão.
Nelas, ele fez um pedido de solidariedade espiritual do povo para com os fiéis de Antioquia que via o destino de seu bispo que caminhava para cumprir sua pena e ofereceu diretrizes para que o Bispo local, Policarpo, exercesse seu ministério.
Santo Inácio escreveu ainda outras cartas que são, na verdade, declarações de amor a Cristo e à Igreja, além de testemunhos acerca da conduta e ministério cristão entre bispos, presbíteros e diáconos.
Deixou diretrizes para combater a heresia conhecida como Docetismo, que acreditava na Encarnação do Filho como aparência e não real.
Dessa forma, podemos dizer que as cartas de Santo Inácio têm importância não apenas histórica, são de um valor inestimável para a Igreja, por expressar uma fé viva, um amor vivo pela Igreja e a disponibilidade de dar a vida por ela.
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