Segundo o UNICEF, pelo menos 3.120 crianças foram mortas ou feridas desde o início da guerra na Ucrânia, sendo que o número real provavelmente é muito maior. O confinamento em abrigos e as condições de deslocamento agravam o risco de epidemias de sarampo, poliomielite, cólera e outras doenças infecciosas, enquanto a fuga das zonas de conflito expõe as crianças a perigos crescentes, como minas terrestres e dispositivos explosivos.
Vatican News "Doze crianças ficaram feridas em ataques na Ucrânia nos últimos três dias. E, infelizmente, o número de crianças atingidas pelos ataques em Ternopil na semana passada aumentou: seis crianças mortas e 18 feridas. As crianças só querem ter sua infância de volta. Elas precisam poder viver em paz, sem temer por suas vidas", escreveu o UNICEF Ucrânia em seu perfil X, recordando que no país, "entre fevereiro de 2022 e 20 de novembro de 2025, mais de 3.100 crianças foram mortas ou feridas." De fato, quase quatro anos após a invasão da Ucrânia, a vida de 3,2 milhões de crianças ucranianas está cada vez mais em risco, presas ou deslocadas dentro do país, fugindo ou buscando refúgio em países de acolhimento. Vítimas de violência e destruição, trauma, deslocamento e perdas irreparáveis, elas tiveram sua infância roubada: 1 em cada 5 crianças perdeu um membro da família ou um ente querido, com sofrimento que afeta todos os aspectos de sua infância. Devido à violência, mais de 3,6 milhões ede ucranianos estão deslocados dentro do próprio país e 5,8 milhões refugiados em outros países, naquela que é a crise de refugiados de crescimento mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Nada escapa dos ataques russos: hospitais, maternidades, enfermarias pediátricas, escolas e orfanatos estão sob fogo intenso, juntamente com prédios residenciais, casas, abrigos e infraestrutura essencial. Graves violações do direito internacional humanitário foram relatadas contra civis, incluindo mulheres e crianças, com sérias consequências para sua saúde mental. 3.120 crianças mortas ou feridas As crianças são as principais vítimas: pelo menos 3.120 crianças foram mortas ou feridas desde o início da guerra na Ucrânia, sendo que o número real provavelmente é muito maior. O confinamento em abrigos e as condições de deslocamento agravam o risco de epidemias de sarampo, poliomielite, cólera e outras doenças infecciosas, enquanto a fuga das zonas de conflito expõe as crianças a perigos crescentes, como minas terrestres e dispositivos explosivos. Devido à guerra, 70% das crianças na Ucrânia não têm acesso a bens e serviços básicos, com 3,5 milhões de crianças privadas de cuidados de saúde essenciais, água e higiene, educação e espaços seguros em casa ou ao ar livre, com graves consequências para a sua proteção e saúde mental. Os contínuos ataques à infraestrutura civil estão causando danos extensos aos sistemas de energia, aquecimento e água, comprometendo gravemente o acesso de crianças e famílias a serviços essenciais, instalações médicas e educação. Somente os sistemas de aquecimento, vitais para quase metade da população durante o rigoroso inverno ucraniano, sofreram danos que somam mais de 2,5 bilhões de dólares desde fevereiro de 2022. Dados da crise: não apenas números, mas perdas para a infância devastada pela guerra Os números da crise causada pela guerra são dramáticos. Mais de 14,6 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária na Ucrânia e nos países de chegada de refugiados: 3,2 milhões são crianças menores de 18 anos, incluindo 2,5 milhões na Ucrânia, e mais de 666.300 refugiados na Europa. Na Ucrânia, 9,2 milhões de pessoas precisam de cuidados médicos, 8,5 milhões não têm acesso a água e saneamento básico. Mais de 3,5 milhões de crianças precisam de proteção, incluindo crianças deslocadas, crianças com deficiência ou crianças em instituições para menores. Mais de 1,6 milhão precisam de assistência educacional e 1,4 milhão de pessoas precisam de apoio financeiro. Nos países de chegada de refugiados, mais de 285.700 pessoas precisam de assistência médica e nutricional, pelo menos 13.000 precisam de água potável e produtos de higiene essenciais e 645.300 precisam de serviços de proteção à criança. Quase 545.300 crianças refugiadas precisam de apoio educacional e mais de 189.900 precisam de apoio financeiro para suprir suas necessidades básicas. *Com informações de UNICEF