Na COP30 Encontro das Juventudes, com reflexões sobre Ecologia Integral, Visita Missionária e aos ribeirinhos.
Silvonei José – Belém Muitos os grupos participantes na COP30, em Belém, entre eles membros da Comissão Episcopal para a Juventude da CNBB em parceria com o Setor Juventude da Arquidiocese de Belém, que organizaram o Encontro das Juventudes na COP 30, com reflexões sobre Ecologia Integral, Visita Missionária e aos ribeirinhos. Ao final os participantes publicaram a Carta de Belém, conclamando as autoridades mundiais a Cuidar da Casa Comum e onde assumem o compromisso de ações pela Ecologia Integral. Os jovens destacam: “sentimos em nossos corações o chamado de Deus para cuidar da vida e da criação. A Terra é nossa Casa Comum, e nela devemos viver em harmonia com os demais seres, proteger com amor, gratidão e responsabilidade, como seus verdadeiros guardiões. Em seguida os jovens afirmam que vivemos tempos desafiadores onde os eventos climáticos extremos, acontecem cada vez, com maior frequência, mas não perdemos a esperança, pois acreditamos que, com fé e ação, podemos gerar uma transformação social. A Palavra de Deus nos ensina que a criação é sagrada, e que somos chamados a ser cooperadores de Deus na construção de um mundo justo e sustentável. Entendemos – lê-se no texto -, que diante dos diversos acontecimentos algo precisa ser feito, como, garantir com que os Povos e Comunidades Tradicionais permaneçam em seus territórios, sem sofrer nenhuma forma de violência com o avanço do Hidromineral Negócio. Só com as Florestas em pé, com os mares e ares limpos teremos a garantia de uma nação justa e equânime. A terra é de todos e para todos, e como nos dizia o Papa Francisco, ela é nossa Casa Comum. Os jovens evidenciam na sua Carta de Belém que acompanharam toda a caminhada realizada pela Igreja e grupos das mais diversas espiritualidades, no processo “Igreja Católica na COP 30”, do qual eles também foram protagonistas. Como nos exortava o Papa Francisco e como relança com vigor o Papa Leão XIV, é pela força da espiritualidade – afirmam - que podemos abrir novos caminhos de esperança, de cuidado e compromisso pela Casa Comum. O texto dos jovnes afirma que eles creem que a luta pela promoção da harmonia socioambiental é a condição fundamental para o retorno do equilíbrio do planeta e somos convictos de que essa é uma tarefa de todas as gerações. Por isso, se comprometem a: - Valorizar, divulgar e apoiar experiências concretas de cuidado e preservação da natureza, de produção agroecológica sustentável e justa; - Apoiar as comunidades e os povos da floresta, das águas, do campo e das cidades que clamam por direito à Terra, Teto e Trabalho, porque acreditamos que somos nós, pequenas comunidades aliadas e organizadas, os protagonistas da mudança; - Respeitar e proteger a natureza, cuidando de cada ser vivo como parte importante da criação; - Agir em nossas expressões: grupos, pastorais, movimentos, novas comunidades, congregações, escolas, universidades e famílias para promover a justiça social e ambiental; - Inspirar outros jovens a valorizar a criação e praticar gestos concretos de cuidado com o planeta; - Orar, refletir e trabalhar para que nossas decisões respeitem a vida e o equilíbrio da Terra. - Adotar um estilo de vida sóbrio. Evitar o uso de plásticos e descartáveis em nossas atividades, reduzindo a produção de lixo e incentivando a coleta seletiva e a reutilização de materiais. - Defender com os povo originários e tradicionais, suas vidas, territórios e todos os biomas. A casa comum é um lugar para se viver bem, com responsabilidade ecológica, com práticas individuais e coletivas e ações efetivas, para garantir um presente e um futuro com mais qualidade de vida, um lugar habitável para criação. Ao final do seu encontro os jovens alertaram e exigiram que os líderes mundiais ouçam as vozes das juventudes e o grito da criação, tomando decisões corajosas e justas, guiadas pelo amor às pessoas e pela preservação do planeta. A carta se conclui om uma afirmação e um convite: “acreditamos que, juntos, com fé, esperança e ação, podemos cuidar da Casa Comum e construir um futuro de vida, dignidade e harmonia para todos. Junte-se a nós! Juntos, podemos fazer a diferença! Com amor e esperança!