Cultura da Vida: Familiaris consortio e a missão da família na cultura da vida - Vatican News via Acervo Católico

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Cultura da Vida: Familiaris consortio e a missão da família na cultura da vida - Vatican News via Acervo Católico
Fonte: VATICANO

Cultura da Vida é um espaço de aprofundamento de temas relacionados à dignidade da vida humana e à missão da família como guardiã da vida com Marlon Derosa e sua esposa Ana Carolina Derosa, professores de pós-graduação em Bioética e fundadores do Instituto e Editora Pius com sede em Joinville, Santa Catarina. Marlon e Ana são casados há 8 anos, têm 3 filhos, são atuantes na Pastoral Familiar. Neste décimo oitavo encontro, Familiaris consortio e a missão da família na cultura da vida.

Vatican News Olá, amigos da Rádio Vaticano! Aqui é Marlon e Ana Derosa. Hoje falaremos um pouco sobre o papel da família cristã no mundo de hoje, inspirado pelo recente aniversário da Exortação Apostólica Familiaris consortio. Este riquíssimo documento foi publicado no pontificado de São João Paulo II, em 22 de novembro de 1981, Solenidade de Cristo Rei. O documento foi escrito após o Sínodo dos Bispos de 1980 e é um dos textos mais relevantes da Igreja sobre a família, explicando qual é a vocação da família, sua missão e os desafios que enfrenta no mundo de hoje. Certamente hoje conseguiremos destacar apenas alguns poucos pontos desse documento tão rico e extenso, que é símbolo de promoção da vida e da família. É da Familiaris consortio uma das frases mais emblemáticas e que simboliza aspectos importantes do legado de João Paulo II. Escreveu o papa: “a tarefa fundamental da família é o serviço à vida” (FC 28). Ao final da Exortação, também encontramos a famosa frase “O futuro da humanidade passa pela família”. Cada casal é chamado a ser colaborador com Deus, pelo dom da transmissão da vida. Com o “sim” do casal unido em matrimônio, Deus nos permite uma participação especial do seu amor e do seu poder Criador e de Pai. E a fecundidade não é apenas um fato biológico, mas é fruto e sinal do amor conjugal. Mais do que nunca, é testemunho vivo da doação recíproca entre os esposos. Claro que, como diz o documento, ainda no ponto 28, “a fecundidade do amor conjugal não se restringe somente à procriação dos filhos, mas a transcende a partir da geração dos frutos da vida moral, espiritual e sobrenatural que o pai e a mãe são chamados a dar aos filhos e, através dos filhos, à Igreja e ao mundo”. Neste sentido, São João Paulo II recorda-nos, no ponto 36 e seguintes da exortação, sobre o direito e o dever dos pais de educar. O dom da transmissão da vida traz aos pais a “gravíssima obrigação de educar seus filhos”, sendo os seus “primeiros e principais educadores” (FC 36). Mas isso não é qualquer tipo de educação: os pais são chamados a educar para o amor como dom de si, para educar para a santidade. Os pais devem educar “os filhos para os valores essenciais da vida humana” (FC 37). E dentro dessa educação, o Papa destaca a importância da virtude da castidade, visando desenvolver “a autêntica maturidade” e tornar-nos capazes de “respeitar e promover o ‘significado nupcial’ do corpo”, promovendo uma educação integral e que esteja atenta ao chamado vocacional de seus filhos. Para responder a este cenário e cumprir a função da família no serviço à vida, é fundamental haver um ambiente de respeito pela dignidade pessoal de cada um. A família deve ser testemunho de um “verdadeiro amor” com “solicitude sincera e serviço desinteressado para com os outros”. Esse serviço desinteressado deve ser constante entre os membros da família, mas também aos mais pobres e necessitados. Outro aspecto belíssimo que podemos destacar nessa rápida reflexão é acerca do matrimônio como um sacramento de santificação mútua. Sim, no item 56 da Familiaris Consortio, o Papa nos lembra da graça do sacramento do matrimônio. O casamento foi elevado por Cristo a Sacramento, e assim, no matrimônio “o amor conjugal é purificado e santificado”. É uma graça que vem para fortalecer o cumprimento dessa grandiosa missão. Mas ele nos lembra ainda, da exigência de uma autêntica e profunda espiritualidade conjugal e familiar. Como está a sua vida espiritual, como casal e em família? O Papa nos lembra que o matrimônio, como um sacramento de serviço, está ordenado para a santificação do outro e a edificação do Corpo de Cristo, portanto, a prestar culto a Deus (FC 56). Tudo deve girar em torno dessa missão: a santificação do cônjuge e dos filhos. Ainda que possamos estar envolvidos com tanta frequência nas realidades terrenas e temporais, somos chamados a agir em todos os lugares e momentos de maneira santa, como adoradores e servidores de Deus. Portanto, a família serve à vida de duas maneiras inseparáveis. Primeiro, com o seu “sim” generoso à transmissão da vida, acolhendo cada filho como um dom de Deus. E depois, no dia a dia, formando esses filhos com atenção e amor, orientando seus corações para o céu, ensinando-os a amar a Deus e ao próximo, e transmitindo os valores que sustentam a dignidade humana. Isso acontece na oração em família, na vivência concreta das virtudes e, sobretudo, no testemunho do amor conjugal, paterno e materno. Cada casal é chamado a revelar, entre si e diante dos filhos, o próprio amor de Deus. Inspirados nesta pequena reflexão sobre a Familiaris consortio, sugerimos a todos que busquem revisitar ou conhecer esse documento tão importante. Não há dúvidas da força desses ensinamentos e de como vivemos tempos difíceis. Por isso, mais do que nunca, devemos repetir e meditar as palavras do Papa quando ele afirmou: “A tarefa fundamental da família é o serviço à vida”. Este foi o Espaço Cultura da vida. Até a próxima!

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