Vatican News
O Papa Francisco pede orações pelos pais que perderam um filho na intenção de oração para o mês de novembro.
Na mensagem de vídeo divulgada nesta quinta-feira (31/10), o Santo Padre ressalta que estamos tão pouco preparados para sobreviver à morte de um filho, que nem sequer o nosso dicionário tem uma palavra adequada para descrever esta situação vital.
Não há palavra perante a perda de um filho ou filha
Pais e mães que experimentaram uma dor "especialmente intensa" e que vai além de toda a lógica humana, porque – como lembra Francisco na videomensagem que acompanha a sua intenção de oração – "viver mais tempo do que o seu filho não é natural".
Não há uma palavra, recorda-nos o Papa, entre outras razões, porque perante a perda de um filho ou de uma filha, as palavras "não servem". Nem sequer as "de ânimo", que "por vezes são banais ou sentimentais" e que, "ditas com as melhores intenções, claro, podem acabar por aumentar a ferida".
Pessoas que renasceram na esperança
A resposta é, por isso, outra: mais do que falar com esses pais, "devemos ouvi-los, estar próximos deles com amor, cuidando essa dor que sentem com responsabilidade, imitando a forma como Jesus Cristo consolava os que estavam aflitos".
É o caso da dor de Serena, que se lançou nos braços do Papa Francisco, no Hospital Gemelli, para chorar a sua pequena Angélica, que acabava de morrer devido a uma doença genética.
É o caso de Luca e Paola, os pais de Francisco, atropelado por um carro quando tinha 18 anos, em outubro de 2022: desde então, não se passou um dia sem que voltassem ao lugar do acidente ou levassem uma flor à sua sepultura. É também o caso de Yanet, mãe de William, assassinado pelas gangues devido ao seu compromisso contra a violência.
Encontrar apoio na comunidade
Mas não faltam imagens de esperança. Como as do grupo Naim, nascido no seio da comunidade romena, no qual, uma vez por mês, se reúnem com famílias que perderam um filho. O nome do grupo Naim vem da aldeia, não longe de Nazaré, onde Jesus se encontrou com uma viúva cujo filho único tinha morrido e, sem palavras, tocou no caixão do menino morto: um sinal de que os gestos, diante de uma dor tão grande, valem mais do que as palavras.
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