Com assistência pastoral, serviços de aconselhamento, assistência jurídica e programas de desenvolvimento de competências, o Centro Papa Francisco para Migrantes e Casa de Acolhimento Temporário é um testemunho do que a fé, a colaboração e a compaixão podem alcançar. Enraizado na missão de Cristo e fortalecido pela parceria entre a Arquidiocese e os Scalabrinianos, o Centro incorpora uma verdade profunda: a história de cada migrante é sagrada.
Vatican News Em parceria com os Missionários Scalabrinianos, mundialmente respeitados e renomados por suas décadas de serviço dedicado aos migrantes, a Arquidiocese inaugurou o Centro Papa Francisco para Migrantes e Casa de Acolhimento Temporário. Esta colaboração reúne o cuidado pastoral e a convicção compartilhada de que todo migrante merece segurança, dignidade e um lugar para chamar de lar. Fundamentado nos valores evangélicos de amor e serviço, o projeto incorpora as palavras de Jesus: "Tudo o que fizerdes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fazeis" (Mt 25,40). A cerimônia de inauguração, em 3 de dezembro de 2025, se foi uma comovente celebração de esperança e humanidade. A bênção do Centro e a inauguração da Pedra Fundamental foram lideradas pelo cardeal Silvano Tomasi, acompanhado por dom Peter Machado, arcebispo de Bangalore; Dom Arokiaraj Sasi Kumar, bispo auxiliar; e dom Joseph Susainathan, bispo auxiliar, que também abençoaram vários andares do prédio. Apresentações culturais, sorrisos sinceros e gestos de gratidão preencheram a atmosfera, simbolizando a diversidade e a resiliência das comunidades migrantes que o Centro busca servir. Em seu discurso inspirador, o cardeal Tomasi falou com ternura pastoral sobre a missão duradoura da Igreja em um mundo em rápida transformação. Baseando-se em sua vasta experiência global, ele afirmou que “a Igreja está viva aqui e agora, sempre que se inclina para cuidar dos migrantes. Cada ato de acolhimento é um Evangelho vivo.” Ele elogiou a parceria entre a Arquidiocese e a família Scalabriniana, afirmando que o novo Centro representa uma expressão concreta da fé em ação – tornando-se um refúgio para os cansados, uma ponte para os deslocados e uma fonte de esperança para todos que passam por suas portas. Um momento profundamente emocionante ocorreu quando Shri K.J. George, ministro da Energia, compartilhou a jornada de migração de séculos de sua própria família. Ele lembrou que seus ancestrais migraram da Síria para Kerala há quase 1.600 anos, e ele próprio migrou para Bangalore em busca de oportunidades e crescimento. “A migração faz parte da história da minha família”, disse ele emocionado. “Eu sei o que significa recomeçar. É por isso que me sinto tão próximo de cada migrante em busca de esperança.” Expressando apreço pela dedicação da Igreja ao serviço humanitário, ele acrescentou: “O Governo sempre apoiará a Igreja Católica em seus esforços para elevar e construir uma sociedade onde todos – migrantes ou locais – possam viver com dignidade e confiança.” O encontro também ouviu as mensagens de líderes da Igreja profundamente envolvidos no ministério com migrantes. Dom Victor Henry Thakur,pPresidente da Comissão de Migrantes da CCBI, recordou aos presentes que “um migrante nunca deve se sentir sozinho. A Igreja deve ser um lar que ouve, protege e caminha com eles.” Dom Vincent Aind, arcebispo metropolitano de Ranchi e secretário geral da CCBI, refletiu sobre os desafios pastorais da migração moderna, afirmando que “a mobilidade humana nos convida a sermos criativos, compassivos e corajosos em nossa resposta. A presença deste Centro é um sinal de que a Igreja está atenta e receptiva.” A liderança Scalabriniana, cuja missão é inteiramente voltada para os migrantes, falou com convicção e carinho. O padre Leonir Chiarello, superior geral dos Scalabrinianos, compartilhou que “por mais de 130 anos, nossa missão tem sido acompanhar os migrantes com compaixão e profissionalismo. Este Centro continua essa missão, garantindo que nenhum migrante seja deixado desvisto ou sem apoio.” Aprofundando a visão colaborativa, o padre Ignacio Gutiérrez, Superior Provincial, destacou os princípios orientadores do seu trabalho: comunicação, colaboração, cooperação e coordenação. “Estes quatro C’s”, explicou ele, “lembram-nos que o serviço aos migrantes é uma missão partilhada. Quando unimos corações e mãos, o nosso impacto torna-se transformador.” À medida que a cerimônia se concluía com bênçãos, gratidão e companheirismo, o espírito do dia era inconfundível — este Centro é mais do que uma edificação; é um lar de esperança. Com assistência pastoral, serviços de aconselhamento, assistência jurídica, programas de desenvolvimento de competências, apoio de emergência e iniciativas de construção da comunidade, o Centro Papa Francisco para Migrantes e Casa de Acolhimento Temporário é um testemunho do que a fé, a colaboração e a compaixão podem alcançar. Enraizado na missão de Cristo e fortalecido pela parceria entre a Arquidiocese e os Scalabrinianos, o Centro incorpora uma verdade profunda: a história de cada migrante é sagrada, cada jornada merece dignidade e cada pessoa que procura abrigo na Igreja encontrará uma família.