Parolin sobre a Venezuela: construir a paz sobre a justiça, a liberdade e o amor

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Parolin sobre a Venezuela: construir a paz sobre a justiça, a liberdade e o amor
Fonte: VATICANO

O secretário de Estado presidiu missa de ação de graças pela canonização dos dois primeiros santos do país latino-americano, José Gregorio Hernández Cisneros e Maria Carmen Rendiles Martínez. Na homilia, o cardeal Parolin exortou o país a ouvir a palavra do Senhor para “responder à vocação pela paz”, a ser fundamentada nos princípios da verdade, do amor, do respeito pelos direitos humanos, “criando espaços de encontro e de convivência democrática”.

Johan Pacheco – Vatican News “Nossos corações estão cheios da mesma alegria que sentimos ontem na Praça São Pedro, porque a Venezuela tem seus primeiros santos. Não um, mas dois: santos para todos”. O secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, celebrou na manhã desta segunda-feira (20/10), na Basílica de São Pedro, a missa de ação de graças pelos primeiros santos venezuelanos canonizados no domingo (19/10) pelo Papa Leão XIV: São José Gregório Hernández Cisneros e Santa Maria Carmen Rendiles Martínez. O cardeal quis assim participar pessoalmente da alegria da Igreja da Venezuela, país onde foi núncio apostólico por cinco anos. Da celebração, no Altar da Cátedra, animada pelo Coro Simón Bolívar do Sistema Orquestral Venezuelano, participaram bispos e sacerdotes venezuelanos, autoridades e grupos de peregrinos que vieram a Roma para a canonização. Presença curadora e gênio feminino Na homilia, detendo-se na primeira leitura (Isaías 58,6-11), o cardeal afirmou que os dois santos, “com uma só voz”, respondem ao convite do texto bíblico: “compartilhem o pão com o faminto, deem abrigo aos sem-teto, vistam os que veem nus e não virem as costas para a sua carne, ou seja, não se concentrem em vocês mesmos, buscando única e egoisticamente o seu bem-estar, ignorando aqueles que sofrem no corpo e no espírito”. Em San José Gregorio Hernández, “vemos-o caminhar solícito pelas ruas da cidade, levando a luz da medicina, mas também o bálsamo da consolação. Muitos diziam que a sua simples presença era cura”, disse Parolin. Já com Santa María Carmen, “a Igreja deseja prestar homenagem a uma mulher forte, que trabalha e constrói, e que garante a transmissão da fé às gerações que lhe são confiadas. Nela, a Igreja celebra a força do gênio feminino venezuelano”. Referindo-se à segunda leitura, a primeira carta de São João Apóstolo (3,14-18): “só amando os irmãos se passa da morte para a vida. Quem não ama permanece na morte”, Parolin destacou que essa é precisamente a “mensagem que São José Gregório e Madre Carmen atualizaram heroicamente em seu tempo. Eles nos chamam a vivê-la por nossa vez, seguindo o exemplo do Mestre e Senhor e o exemplo que nos ofereceram”. Apelo à Venezuela “Só assim, querida Venezuela”, ou seja, só ouvindo a Palavra do Senhor que chama a “quebrar as pressões injustas, a quebrar os grilhões, a libertar os oprimidos, a destruir todas as armadilhas”, se pode passar “da morte para a vida”, disse o secretário de Estado. “Só assim, querida Venezuela, sua luz brilhará nas trevas, sua escuridão se tornará meio-dia”; “somente assim, querida Venezuela, você poderá responder à sua vocação pela paz, se a construir sobre os fundamentos da justiça, da verdade, da liberdade e do amor, respeitando os direitos humanos, criando espaços de encontro e de convivência democrática, dando prioridade ao que une e não ao que divide, buscando os meios e as oportunidades para encontrar soluções comuns aos grandes problemas que a afetam, colocando o bem comum como objetivo de toda atividade pública”. A oração aos dois novos santos No final da homilia, o cardeal sublinhou que “a canonização de José Gregorio Hernández e da Madre Carmen é um kairos, um momento oportuno para empreender esse caminho. Não o deixem passar em vão! Que os novos santos intercedam para que possam prosseguir com esperança e determinação”. Daí a invocação: “São José Gregório e Santa Madre Carmen, rogai por nós!”.

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