Sacerdotes explicam os trabalhos dos últimos dias do Sínodo

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Sacerdotes explicam os trabalhos dos últimos dias do Sínodo
Fonte: SANTUÁRIO APARECIDA

Esta quarta-feira (23) é o último dia de trabalho geral do Sínodo sobre a Sinodalidade, em Roma, na Itália. Após estas reflexões a partir do Espírito Santo, a Comissão de Redação irá elaborar a versão definitiva do Documento Final, que será votado ponto a ponto no sábado (26) à tarde.

Sheila Pires, secretária da comissão de comunicação do Sínodo, disse que o trabalho das últimas horas dos círculos menores evidenciou o equilíbrio, a profundidade e a seriedade, bem como a linguagem simples do Documento, com atenção para que seja incluído no texto o papel das mulheres, dos leigos, das conferências episcopais, dos padres e das pequenas comunidades. A assembleia insistiu em dizer um forte e claro “não” da Igreja contra a guerra: “Caso contrário, não restará nenhum ser humano vivo que possa ler este documento”, sublinhou Sheila.

O prefeito do Dicastério para a Comunicação, Paolo Ruffini, ressaltou que a assembleia se dedicará à elaboração dos modos, propostas concretas que podem ser modos coletivos dos círculos menores, votados entre os membros do círculo e que devem ser entregues antes do final da manhã desta quarta-feira (23).

Dom Franz-Josef Overbeck, bispo de Essen, na Alemanha, disse sobre a triste realidade em muitas dioceses, das paróquias que são frequentadas por idosos e poucos jovens. “O desafio é reevangelizar depois de séculos de cristianismo, dar uma nova resposta ao papel das mulheres na Igreja, encontrar uma resposta para a falta de padres e o que isso significa para a liturgia”.

O padre Celso Henrique, da Diocese de Nova Friburgo (RJ), falou ao A12 da alegria do Papa Francisco em reunir religiosos e leigos para sempre buscarmos a paz e o amor de Deus.

“Quando nós perseguimos a paz em Jesus Cristo, nós também conseguimos transmiti-la. Então, viemos aqui a Roma para buscar essa paz e depois levá-la ao mundo. O sinal de esperança é o cristão convertido, o cristão que está em Jesus e então leva esta paz em torno de si para suas realidades.

Outro sinal de esperança é a abertura à vida! O Papa deixa bem claro que quando o cristão porta a esperança ele é capaz de ser aberto a paz e a vida, assim consegue transformar sua realidade pessoal e exterior em uma realidade evangélica.

Depois de buscarmos aqui esse encontro com Jesus, vamos levar essa mensagem para todas as idades da vida e também às realidades mais sofridas porque o Papa frisou muito a importância em levar Jesus para as periferias do mundo”.


Outro sacerdote presente no Vaticano é o Padre Miguel Oliveira Filho, um dos facilitadores da Assembleia Sinodal, que falou a respeito da necessidade do encontro ter a conversa espiritual, justamente para que a partir da sabedoria de Deus, os membros do Sínodo tomarem as decisões corretas e precisas para a realidade de nossa Igreja.

“Fui convidado para esta missão justamente da dinâmica do método da conversação no espírito. Tem sido uma experiência tão intensa da vivência do espírito eclesial que o Papa Francisco está propondo, que é exatamente pensar sobre como ser uma igreja Sinodal, como ser uma igreja que se baseia mais nas relações, nos encontros do que nas estruturas. O próprio caminho percorrido diz isso, desde 2021, quando começamos esse caminho, houve a escuta nas igrejas locais, nas dioceses, depois nas conferências episcopais de cada país, depois no continente. Essa participação de tantas vozes do mundo inteiro mostra como a igreja é plural, é diversa e isso é tão lindo, isso é uma riqueza impressionante!”.


O facilitador também falou dos frutos de tantos anos de estudos, reflexões e orações para a Igreja.

“Somos pessoas vindas de vários lugares do mundo, tantas culturas diferentes e conversando assim, como irmãos e buscando escutar o Espírito, como povo de Deus que somos! O grande desafio é fazer com que toda essa reflexão seja devolvida para as comunidades, paróquias e dioceses e que envolva o clero, os leigos e leigas pra gente pensar exatamente esse rosto de uma Igreja que caminha junto.

Falamos muito também da participação dos leigos, da liderança das mulheres, avançar no sentido de que as nossas estruturas sejam mais sinodais, com mais participação e nessa participação que as mulheres tenham mais vez e mais lugar, a Igreja precisa avançar também nesse sentido. A gente fica esperando uma revolução acontecer, 'uma canetada' do Papa, não é assim! Essa escuta do Espírito exige paciência, exige processos que a gente tem que construir juntos, porque caminhamos juntos buscando a vontade do Espírito”.

 

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