Ao final da Audiência Geral, Leão XIV expressou profunda tristeza pelos confrontos na fronteira entre os dois países asiáticos, que causaram vítimas, inclusive civis, e provocaram o deslocamento de mais de quinhentas mil pessoas: "Expresso minha proximidade na oração a esses queridos povos."
Vatican News Na saudação em língua italiana no final da Audiência Geral, desta quarta-feira (10/12), realizada na Praça São Pedro, o Papa Leão XIV disse estar “profundamente entristecido” com a notícia do “reacender do conflito na fronteira entre a Tailândia e o Camboja”. Após a escalada do conflito no verão passado, novos confrontos eclodiram na fronteira entre os dois países do Sudeste Asiático, causando até agora pelo menos 12 mortos. A situação na fronteira Enquanto isso, no local, no terceiro dia de tensões, foram relatados bombardeios transfronteiriços e ataques aéreos, obrigando quinhentas mil pessoas a fugirem de suas casas e buscar refúgio. "Mais de quatrocentas mil pessoas foram transferidas para abrigos seguros" em sete províncias, disse o porta-voz do Ministério da Defesa tailandês, Surasant Kongsiri, numa coletiva de imprensa. "Os civis tiveram que evacuar em grande número devido ao que avaliamos como uma ameaça iminente à sua segurança", explicou Kongsiri. No Camboja, país vizinho, "101.229 pessoas foram evacuadas para abrigos seguros e casas de parentes em cinco províncias", disse a porta-voz do Ministério da Defesa Nacional do Camboja, Maly Socheata. O apelo de Guterres Nos últimos dias, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, também se pronunciou sobre a situação entre a Tailândia e o Camboja, exortando a “evitar uma nova escalada e renovar o compromisso com o cessar-fogo” e “utilizar todos os mecanismos de diálogo para encontrar uma solução duradoura para a controvérsia por meios pacíficos”.