Cardeal Scherer fala sobre reunião do Conselho para a Economia - Vatican News via Acervo Católico

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Cardeal Scherer fala sobre reunião do Conselho para a Economia - Vatican News via Acervo Católico
Fonte: VATICANO

Dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, participou de uma reunião do Conselho para a Economia em Roma, focando no balanço e projeção do orçamento. Nós conversamos com o cardeal.

Vatican News Esteve nestes dias em Roma, o arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Pedro Scherer que visitou a Rádio Vaticano – Vatican News e conversou com Silvonei José. Dom Odilo, alegria tê-lo aqui conosco. Um bom dia e seja bem-vindo. Bom dia, Silvonei. Bom dia a todos os ouvintes da Rádio Vaticano e Vatican News. Começamos pela sua passagem por Roma nesses dias.  Eu estou em Roma - terminando minha viagem, regresso hoje (sábado 19/12) -, para uma reunião do Conselho para a Economia, do qual faço parte, e que se realiza nessa altura do ano, em que em geral já não acontecem reuniões, mas como tem que se apresentar o balanço e também a projeção do próximo ano, como falam aqui, o “preventivo”, que é o orçamento, fizemos a reunião. Eu vim para isso, junto com todo o grupo que faz parte do Conselho da Economia. Tivemos uma reunião muito proveitosa e, terminado isso, faço algumas visitas aos dicastérios, ao Colégio Pio Brasileiro e retorno ao Brasil. Podemos falar um pouco da economia, da Santa Sé, como está indo? Bem, vocês que vivem aqui percebem, naturalmente, que as coisas fluem normalmente. Às vezes se passa a imagem de que o Vaticano está falido, está sem dinheiro, isso é uma imagem distorcida. A Santa Sé representa a Igreja no Vaticano, é o espaço que a Igreja tem. O Vaticano é o espaço geográfico, e a Santa Sé representa a Igreja do ponto de vista também, civil. Possui, sim, um patrimônio, possui modos de conseguir o necessário para sua sobrevivência, para cumprir a sua missão. São recursos que precisam ser muito bem administrados para que eles possam ser suficientes e dar conta daquilo que é necessário ser financiado, ser sustentado. Os recursos, de onde vêm? Bem, os recursos vêm, primeiro, de imóveis alugados, que a Santa Sé tem. Então, tem ali um certo volume de entradas. Vêm de doações, vêm muito de doações dos fiéis. Vem depois também das coletas universais que se faz no Óbolo de São Pedro, missões e também dos Lugares Santos. São coletas destinadas, mas acabam passando pela Santa Sé e depois destinadas justamente a ações da Igreja, no caso Missões. O Óbolo de São Pedro é o serviço do Papa à Igreja e aos Lugares Santos visando ajudar a Igreja nos Lugares Santos, nos lugares bíblicos. Mas também existem outras iniciativas que acabam ajudando, por exemplo, o IOR, que é o dito o Banco do Vaticano, evidentemente também ele ajuda, com os seus ganhos, na sustentação da missão da Igreja, da Santa Sé. Então, as demandas são sempre mais do que os recursos, por isso é preciso fazer o equilíbrio e onde fazer as despesas para poder melhor cumprir a missão. Uma preocupação que foi do nosso querido Papa Francisco, inclusive criando uma Secretaria para a Economia, o que nós não tínhamos antes, para justamente ter uma visão geral da parte econômica. Isso facilita também um maior controle. Sim, antes sempre existiram organismos econômicos da Santa Sé, mas eram menos concentrados também quanto às suas atribuições. Por isso, era muito mais difícil poder gerenciar de maneira unitária. Os recursos, as despesas, o patrimônio da Santa Sé e a criação da Secretaria para a Economia, pelo Papa Francisco, realmente foi muito importante para uma renovação da administração toda da Santa Sé, e junto com a Secretaria para a Economia, também outros organismos ligados a esta área administrativa e econômica, por exemplo, o próprio Conselho. O Conselho para a Economia, que não é da Secretaria da Economia, é um outro Conselho, mas também há uma comissão para pensar nos investimentos, porque se há algum dinheiro em depósito, isso precisa ser investido para que não fique parado e se desvalorize. Existem, depois, os organismos de administração do patrimônio imobiliário, sobretudo da Santa Sé, que aqui se chama APSA, Administração do Patrimônio da Santa Sé. E existe também o IOR, que é o Banco do Vaticano, que hoje se transformou, de fato, em uma espécie de banco, com competência de banco, para captar recursos, investi-los e fazer com que eles rendam para quem os investe e também rendam para poder ajudar a sustentar a Santa Sé. Então, há um conjunto de organismos administrativos. Os organismos econômicos que estão agora, sim, de um lado, debaixo da coordenação da Secretaria para a Economia e, do outro lado, debaixo da supervisão do Conselho para a Economia. Eis a íntegra da conversa com o cardeal Scherer:

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