Leão XIV: como Dorothy Day, transformar esperança em decisão e serviço - Vatican News via Acervo Católico

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Leão XIV: como Dorothy Day, transformar esperança em decisão e serviço - Vatican News via Acervo Católico
Fonte: VATICANO

O Papa recordou, na Audiência Jubilar deste sábado (22/11), o que o caminho da esperança começa com um desejo que se torna decisão e pede coragem diante das injustiças. Inspirando-se no Evangelho e no testemunho de Dorothy Day, o Pontífice insistiu: Jesus trouxe o fogo que impele cada cristão a tomar posição e transformar indignação em comunhão.

Thulio Fonseca – Vatican News Na Audiência Jubilar deste sábado, 22 de novembro, o Papa Leão XIV acolheu milhares de fiéis e peregrinos na Praça São Pedro. Na catequese, o Pontífice voltou ao núcleo da espiritualidade jubilar: a esperança como força que move e transforma, jamais como espera passiva. Logo no início, o Papa recordou o significado da peregrinação e convidou todos a revisitar o momento interior que deu origem ao caminho: “Para muitos de vocês, estar hoje em Roma é a realização de um grande desejo. (…) Alguma coisa, no início, se moveu dentro de vocês. (…) O próprio Senhor os tomou pela mão: um desejo e depois uma decisão. Sem isso, vocês não estariam aqui.” “A quem muito foi dado, muito lhe será pedido” Ao comentar o Evangelho proclamado, Leão XIV destacou as palavras exigentes que Jesus dirige aos discípulos mais próximos:  “‘A quem muito foi dado, muito lhe será pedido; se a alguém muito se confiou, muito mais se exigirá’.” Em seguida, o Pontífice aplicou o ensinamento à vida da Igreja:  “Também nós recebemos muito do caminho percorrido até aqui, estivemos com Jesus e com a Igreja e, mesmo que a Igreja seja uma comunidade com os limites humanos, recebemos muito. Então, Jesus espera muito de nós. É um sinal de confiança, de amizade. Ele espera muito, porque nos conhece e sabe que somos capazes!” Esperar é tomar posição O Papa retomou a imagem central da catequese: o fogo. “Jesus veio trazer o fogo: o fogo do amor de Deus na terra e o fogo do desejo nos nossos corações.” Esse fogo, explicou, desinstala e compromete: Por isso, insistiu Leão XIV, o discípulo não pode permanecer neutro: “Diante das injustiças, das desigualdades, onde a dignidade humana é pisada, onde aos frágeis é tirada a palavra: tomar posição. (…) Esperar é tomar posição.” Dorothy Day e a esperança que se torna ação Como modelo espiritual, o Papa evocou na catequese deste sábado a jornalista e ativista norte-americana Dorothy Day: “Ela tinha o fogo dentro de si. (…) Compreendeu que o sonho para muitos era um pesadelo, que como cristã devia se envolver com os trabalhadores, com os migrantes, com os descartados por uma economia que mata.” Leão XIV destacou a capacidade de Dorothy de unir reflexão e serviço: “É importante unir mente, coração e mãos. Isso é tomar posição.” E ainda: “Ela escrevia como jornalista, ou seja, pensava e fazia pensar. (…) E também servia refeições, dava roupas, vestia-se e comia como aqueles a quem servia.” O Papa recordou ainda o impacto de sua obra: “Dorothy Day envolveu milhares de pessoas. Abriram casas em muitas cidades, em muitos bairros… não grandes centros de serviços, mas pontos de caridade e justiça onde se chamavam pelo nome, se conheciam um a um e transformavam a indignação em comunhão e ação.” Reavivar a chama da esperança  Ao concluir sua reflexão, Leão XIV fez um forte apelo: “É assim que são os operadores da paz: tomam posição e assumem as consequências, mas seguem em frente”, e completou:

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