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Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

V: Adiantou-se outro anjo e pôs-se junto ao altar.

R: Com um turíbulo de ouro na mão (Ap 8,3).

Com razão os espíritos imortais e bem-aventurados que habitam as moradas celestiais, e que gozam a participação de seu Criador, por cuja eternidade estão estáveis, por cuja verdade estão certos e por cuja graça são santos, não querem que sacrifiquemos a eles, mas àquele do qual também eles conheceram ser sacrifício conosco. E não querem porque misericordiosamente nos amam, a nós mortais e miseráveis, e querem que sejamos imortais e felizes. Formamos com eles a Cidade de Deus, da qual se fala no Salmo: Coisas gloriosas se têm dito de ti, Cidade de Deus. Uma parte dela peregrina em nós e outra neles nos favorece. Daquela soberana Cidade, onde a vontade inteligível e imutável de Deus é a lei; daquela soberana cúria em certo sentido – pois ali se tem cura de nós – desceu a nós, mediante os anjos, a Escritura Santa, que lê: O que sacrifica a deuses, e não somente ao Senhor, será destruído. Esta Escritura, estas leis, estes preceitos, foram confirmados com tal quantidade de milagres que não há dúvida de que nos manifestam evidentemente a quem querem os espíritos angélicos e bem-aventurados que ofereçamos nossos sacrifícios, que é unicamente ao Deus verdadeiro, mediante o qual nos desejam a mesma eterna felicidade e imortalidade da qual estão gozando e gozarão por toda a eternidade.

(Santo Agostinho († 430).
Cidade de Deus, 10,7).

V: Deus deu uma ordem aos seus anjos.

R: Eles proteger-te-ão nos teus caminhos.

Reza-se a oração É à vossa bondade, como no encarte (ou p. 9).

Oração: Todos aqueles que vos são fiéis, Senhor, pertencem a vossa santa Cidade, a Cidade de Deus. Nela habitam não só os fiéis da terra, mas também os do céu, juntamente com nossos irmãos os santos anjos. Dai-nos a graça, Senhor, de sempre habitar na tua Cidade nesta terra, para após a morte ir gozar dela também no céu. Amém.