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Meditações-reserva
Como Zacarias teve uma visão durante a oração, quando se fazem as súplicas, souberam que lhe fora concedido algum dom. Mas quando não encontraram em sua boca a ação de graças, souberam também que não acolhera o dom. Embora Zacarias tenha duvidado da palavra do anjo, ninguém duvidou de seu silêncio. Aquele que não acreditou na promessa que se fazia através do anjo, fez com que todos cressem na promessa através do silêncio. Com efeito, o silêncio de Zacarias se fez de profeta e de juiz para os outros. Como profeta, serviu para que conhecessem a promessa; e como juiz, serviu para que temessem desprezar a promessa. Também para o próprio Zacarias, o anjo tinha sido profeta e juiz. Como profeta, manifestou-lhe as coisas ocultas; e como juiz aplicou-lhe o castigo.
(Santo Efrém, diácono e doutor da Igreja († 373). Diatessaron, 1,14).
Os anjos do céu, ignorando o augusto e sublime mistério daquela vinda na carne (do Verbo), contemplavam pasmados e maravilhados àquele que ascendia e, pasmados ante o novo e inaudito espetáculo, não conseguiram deixar de exclamar: Quem é esse que vem de Edom? Isto é, da terra. Contudo, o Espírito não permitiu que aquela multidão celeste permanecesse na ignorância da admirável sabedoria de Deus Pai, antes mandou que as portas do céu fossem abertas como a Rei e Senhor do universo, exclamando: Portões! Erguei as padieiras, que se elevem as antigas comportas: o Rei da glória vai entrar. Assim, Nosso Senhor Jesus Cristo nos inaugurou um caminho novo e vivo, como afirma Paulo: Ele entrou não em um santuário construído por homens, mas no próprio céu, para colocar-se ante Deus, intercedendo por nós.
(São Cirilo de Alexandria († 444).
Comentário sobre Jo 9 – Ascensão).
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