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Esperança em tempos difíceis

O toque da Cruz

Sempre que sobre minha carne de pecado traço o Sinal Sagrado o bem se agita dentro de mim, e refaz em divino o ânimo apagado até brotar a coragem alta e veraz que padece e que faz.

Bem-aventurado John Henry Newman,
«O Sinal da Cruz»

Quando Cristo morreu na Cruz, não levou a nossa dor embora. Deu à nossa dor e às nossas lutas um significado sagrado, um poder redentor, o que torna sofrer com Cristo um privilégio para nós.

A Cruz de Cristo concede dignidade até mesmo nas menores inconveniências da nossa vida. Quando unimos nossos problemas, grandes e pequenos, ao sofrimento de Cristo, participamos da redenção do mundo. Nós nos tornamos inteiramente humanos. Nós nos tornamos heróis. Nós nos tornamos divinos. Nós nos tornamos tudo isso porque nos tornamos parecidos com Cristo – apesar de ninguém na terra jamais ter percebido.

O efeito da Cruz é como um toque de Midas, aumentando infinitamente o valor de tudo o que abençoa. Nas palavras de um grande autor espiritual carmelita, Frei Gabriel de Santa Maria Madalena:

Jesus chama nossos sofrimentos de cruz porque a palavra significa o instrumento da salvação; e Ele não quer que nossas dores sejam estéreis, mas sim que se tornem uma cruz, ou seja, um meio de elevar e santificar nossas almas. Na verdade, todo sofrimento é transformado, mudado numa cruz assim que o aceitamos das mãos do Salvador e nos agarramos à sua vontade que o vai transformar para nosso benefício espiritual. Se isso é verdade para sofrimentos maiores, é igualmente verdade para os menores; são todos parte do plano divino, todos, mesmo o menor, foram predispostos por Deus por toda a eternidade para a nossa santificação.

O efeito da cruz é como um toque de Midas, aumentando infinitamente o valor de tudo o que abençoa.

Quando chegam os tempos difíceis, começamos nossas orações com o Sinal da Cruz, e lembramos que Deus nos ama. Abençoamos nossos sofrimentos com o sinal sagrado, e os tornamos sagrados.

Devemos esperar a cura de todas as nossas chagas no Sinal da Cruz.

SÃO MÁXIMO DE TURIM

Recorremos à Igreja e aos sacramentos para ter a força de que precisamos para suportar. E reclamamos para Deus se quisermos – mas sempre continuando a ter fé.

Deus não abandonou Davi, embora as coisas parecessem bem ruins quando ele escreveu o Salmo 22. Deus não abandonou seu próprio Filho na Cruz, mesmo quando as coisas estavam infinitamente pior.

Deus também não vai nos abandonar.

Os tempos são difíceis. Mas não merecem nossa preocupação quando pensamos na glória que está à nossa espera.

Nós vamos aguentar. Deus vai nos dar a força.

E nós podemos nos alegrar sabendo que sofremos com Cristo por muito pouco tempo, para que possamos ficar em glória com Cristo para sempre.

* * *

Lembre-se:

Nossos sofrimentos têm dignidade porque são cruzes, e são de Cristo.

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