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Capítulo 11

O VERDADEIRO TESTEMUNHO

Em Jerusalém, Tiago costumava pregar no Templo, sob o Pórtico de Salomão. Certo dia, ao terminar a pregação, foi abordado por Barrabás, que lhe dizia que gostaria de conversar com ele, a sós. Tiago ficou surpreso por Barrabás ter vindo procurá-lo, depois de transcorrido tanto tempo, desde a última vez que o havia encontrado, no dia da execução de Jesus. Os dois se dirigiram a um local isolado e seguro, pois era perigoso para Barrabás permanecer num lugar público; ele poderia ser reconhecido e preso pelos romanos. Ao iniciarem a conversação, Barrabás foi direto ao assunto:

– Estou aqui para esclarecer sobre os verdadeiros motivos da traição de Judas Iscariotes. Os seguidores de Jesus continuam espalhando por toda parte que Judas foi um traidor possuído por Satanás, um ladrão, amigo do dinheiro, que acabou dando fim à sua própria vida. No entanto, ele não foi essa figura tão desprezível quanto afirmam dele; por isso, vim contar-lhe toda a verdade sobre o que aconteceu.

Tiago ficou admirado com o que escutava sobre Judas, pois ele e muitos outros discípulos de Jesus acreditavam que Judas tinha traído Jesus por dinheiro, e que, depois, arrependido, tinha se enforcado. Agora Barrabás dizia que tudo não passava de um engano. Começou então a se perguntar o que realmente havia acontecido.

Barrabás continuou:

– Por mais que os fatos demonstrem o contrário, tudo não passou de um mal-entendido. Eu estava em Jerusalém, no dia em que Jesus entrou na cidade montado num jumento. Durante vários anos, eu e alguns companheiros costumávamos vir à Cidade Santa por ocasião da Páscoa. Achávamos que essa data era a melhor ocasião para liderarmos uma insurreição contra os romanos, pois acreditamos que Deus realiza a libertação, ou outros feitos, somente através das ações das pessoas. Ao presenciar aquela cena em que Jesus foi aclamado por um grande número de peregrinos, compreendi que essa era a oportunidade que esperávamos. Concebi então um plano para que surgisse uma revolta armada, e, assim, pudéssemos vencer os romanos. No dia seguinte, procurei Judas e contei-lhe a respeito do meu plano.

À medida que Barrabás falava, Tiago lembrava-se de que Judas, antes de ter sido discípulo de João Batista, havia frequentado, por algum tempo, o grupo de salteadores liderado por Barrabás. De fato, Judas demonstrava possuir um zelo nacionalista muito grande em relação ao domínio estrangeiro. Às vezes, ele manifestava o desejo de que Jesus, contando com a intervenção salvadora de Deus, liderasse uma rebelião contra os romanos. Ele admirava Jesus e era um discípulo fiel. Acreditava, contudo, como a maioria dos discípulos de Jesus, que, em breve, ele haveria de “restaurar o Reino em Israel” (At 1,6).

Barrabás, então, contou a Tiago que Judas havia concordado com seu plano. Judas procuraria as autoridades judaicas e combinaria com elas uma maneira de entregar-lhes Jesus (cf. Mc 14,11). Logo que Jesus fosse preso, Barrabás iria ao Templo e iniciaria um motim. Ele acreditava que o povo, ao ser informado da prisão de Jesus, se revoltaria e pegaria em armas contra os romanos.

– Pensei que, ao saber da prisão de Jesus, aqueles peregrinos que o haviam aclamado como Messias, certamente se rebelariam e procurariam libertá-lo – disse Barrabás. A prisão de Jesus seria o estopim para uma revolta armada. Aquilo que a aristocracia sacerdotal tanto temia (cf. Mc 14,2) seria deliberadamente provocado. Naquele dia, bem cedo, fui ao Templo e liderei um motim. Eu, porém, havia subestimado a presteza com que os romanos reagem ao menor sinal de rebelião. Mal havia começado a minha pregação, conclamando o povo para que pegasse em armas e lutasse pela libertação de Jesus, quando os grandes portões de madeira da fortaleza Antônia se abriram, e uma falange de soldados romanos, que se encontravam aquartelados no seu interior, se precipitou sobre nós. Tentamos reagir, mas os soldados, fortemente armados, eram superiores a nós. No motim, um dos soldados foi morto (cf. Mc 15,7), e eu e mais dois dos meus companheiros fomos aprisionados. Os outros conseguiram fugir. Judas, ao saber do que havia ocorrido, saiu da cidade; pois, tinha como certo que, depois desse acontecimento, não mais seria acreditado entre os discípulos de Jesus. Ele foi refugiar-se num campo que possuía, nas proximidades de Jerusalém. Algum tempo depois, teve uma morte trágica. Certo dia, ao subir num sicômoro1 para colher figos, desequilibrou-se e sofreu uma queda tão violenta que, ao cair, teve as entranhas transpassadas por um galho seco e pontiagudo (cf. At 1,15-20). Depois desse fato, correu um boato, entre os discípulos de Jesus, de que ele havia se enforcado (cf. Mt 27,3-10).2

– Na verdade – disse Tiago –, logo depois da morte de Jesus, as autoridades do Templo espalharam, por toda Jerusalém, a notícia de que um dos discípulos de Jesus, Judas Iscariotes, havia traído Jesus por dinheiro. Em relação a isso, havia divergência entre nós. Alguns acreditavam que esse era o principal motivo da traição de Judas (cf. Mt 26,14-16); outros, porém, julgavam que, embora a elite sacerdotal tivesse prometido dinheiro a Judas, havia outras motivações, que ignorávamos (cf. Mc 14,10-11).

– Agora que você já sabe a verdade sobre os fatos, gostaria que você desfizesse o mal-entendido, para que a honra de Judas fosse restaurada – concluiu Barrabás. Tudo o que ele fez foi com boa intenção. Judas amava Jesus e Jesus tinha por ele grande consideração, pois o havia escolhido para ser um dos seus doze discípulos mais próximos. Ele estava convencido de que o meu plano haveria de dar certo, pois também acreditava que o domínio de Deus funciona efetivamente, somente através da cooperação humana, com a ação divina. Ao saber da prisão de Jesus, o povo se revoltaria; e depois que tivéssemos expulsado os romanos, Jesus assumiria o controle político do país e reinaria sobre nós. Ele acreditava que Jesus era o Messias enviado por Deus para cumprir a promessa comunicada pelo profeta Natã à estirpe de Davi. Ainda hoje acreditamos nessa promessa, e temos certeza de que, um dia, haveremos de ser uma nação livre, depois de derrotarmos todos aqueles que nos oprimem.3

Tiago se comprometeu com Barrabás a transmitir aos seguidores e seguidoras de Jesus toda a verdade sobre a traição de Judas. Depois que os dois se separaram, Tiago saiu à procura dos apóstolos. Enquanto caminhava, foi abordado por guardas do Templo, que o prenderam e o colocaram na prisão.

Era o ano 44 d.C., e a Páscoa dos judeus estava próxima. Em Roma, o imperador Cláudio, que sucedeu a Gaio, conhecido como Calígula, governava o Império. Para acalmar as tensões surgidas na Judeia, Cláudio havia nomeado Agripa I, neto de Herodes Magno, rei dos judeus.4 Durante seu reinado, Agripa, cuja avó era membro da dinastia hasmoneia, que reinou na Palestina antes da dominação romana, apresentava-se como um judeu devoto e piedoso. Observava as festas judaicas, oferecia sacrifícios diários e afirmava a predominância do judaísmo farisaico sobre os movimentos dissidentes, entre eles o dos cristãos.5 Para agradar as autoridades religiosas e políticas do Sinédrio, começou a perseguir os líderes cristãos de Jerusalém (cf. At 12,1-3). Mandou prender Tiago e lançá-lo na prisão.

Enquanto esteve preso, Tiago se deu conta de que a profecia que Jesus havia feito sobre seu futuro estava prestes a se realizar. Quando Jesus lhe perguntara se ele poderia beber do cálice que ele haveria de beber, e ser batizado com o batismo com que ele seria batizado, Tiago respondeu prontamente que sim (cf. Mc 10,38-39). Naquela ocasião, ele não compreendia muito bem toda a extensão do significado dessas palavras. Agora, porém, alegrava-se por poder assemelhar-se a Jesus na sua morte e participar da sua ressurreição. Sentia apenas não ter tido tempo de esclarecer os fatos a respeito de Judas, mas acreditava que Barrabás haveria de se encarregar disso. Poucos dias depois, Tiago foi decapitado por ordem do rei Herodes Agripa.

De fato, Tiago não tivera tempo de comunicar aos apóstolos a conversa que havia tido com Barrabás. Este, escondido nas cavernas juntamente com o seu grupo de salteadores, tampouco soube da morte dele. Barrabás, pensando que o assunto sobre a traição de Judas havia sido esclarecido, deu o caso por encerrado.

Dois anos mais tarde, Barrabás foi capturado e crucificado pelos romanos. Foi durante o governo do procurador romano Fado. Este promoveu uma perseguição implacável contra os grupos de salteadores, que atuavam em diversos pontos do país.6

Ao ser pregado na cruz, Barrabás tinha bem presente a pessoa de Jesus, que tanto o havia impressionado no dia da sua execução. Ele nutria por Jesus grande admiração. Suas últimas palavras ecoavam fortemente no seu íntimo. Tiago acreditava que Jesus havia ressuscitado, mas ele, Barrabás, ainda duvidava. Contudo, se Jesus realmente estivesse vivo, ele gostaria de dirigir-lhe um último pedido. Repetiu então as mesmas palavras que um de seus companheiros dissera, quando havia sido crucificado juntamente com ele:

Jesus, lembra-te de mim, quando vieres em teu Reino (Lc 23,42).

No mais profundo do seu coração, Barrabás escutava a resposta de Jesus:

Em verdade, eu te digo, hoje mesmo estarás comigo no Paraíso (Lc 23,43).

E assim, com esse espírito de fé e confiança, Barrabás entregou sua alma a Deus.

Depois da morte de Barrabás, não havendo mais ninguém que soubesse a verdade sobre a entrega de Jesus aos dirigentes do Templo, o mal-entendido sobre a traição de Judas continuou a se espalhar pelas comunidades cristãs e perdura até o dia de hoje. Judas passou a ser considerado um ladrão (cf. Jo 12,4-6), um homem ganancioso, capaz de aceitar suborno, pois traíra Jesus por dinheiro. E, no entanto, o verdadeiro motivo da sua traição foi o seu desejo de apressar a vinda do Reino de Deus e de libertar o seu povo do jugo daqueles que o oprimiam.7

Alguns anos depois da morte de Tiago, João partiu de Jerusalém, para evangelizar a região da Ásia Menor. Ele passou os últimos dias da sua longa e profícua existência na cidade de Éfeso, onde escreveu o seu evangelho e as três cartas. Segundo uma antiga tradição, ele morreu e foi sepultado em Éfeso durante o império de Trajano (98-117).

Certo dia, João começou a escrever a sua primeira carta:

O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com nossos olhos, o que contemplamos, e o que nossas mãos apalparam do Verbo da Vida... (1Jo 1,1).

De repente, ele interrompeu o seu relato, considerando o quanto era verdadeiro o que dizia. Recordou, então, o dia em que Jesus e seus discípulos e discípulas subiram a Jerusalém para participar da festa dos Tabernáculos (cf. Jo 5,1-18).8 Essa foi a última festa dos Tabernáculos da qual Jesus tomou parte na Cidade Santa. Nessa ocasião, o clima de hostilidade da aristocracia judaica contra ele havia crescido consideravelmente. As autoridades religiosas de Jerusalém já haviam decidido que ele deveria ser morto (cf. Jo 5,18).

Naquele dia, que era sábado, Jesus e seus seguidores e seguidoras encontravam-se na Porta das Ovelhas, uma das portas situadas no muro setentrional de Jerusalém. Ali havia uma fonte de águas medicinais, uma piscina chamada Betesda, que significa “casa da misericórdia”. Cinco pórticos circundavam a piscina, sendo que o quinto dividia o quadrilátero em dois tanques, onde se juntava a água usada depois no Templo.9 Ao lado desses dois reservatórios havia outros menores, que antes tinham sido ligados a um santuário pagão consagrado a Serápis, um deus curandeiro. Sob os cinco pórticos havia sempre um grande número de enfermos: cegos, coxos, surdos-mudos e paralíticos. Eles ficavam esperando pelo afluxo intermitente das águas da fonte, cuja força medicinal era mais forte logo depois de chegar à piscina. Os doentes, que entravam na piscina no momento em que ocorria o movimento das águas, eram beneficiados por suas propriedades medicinais e ficavam curados. Esse balneário era muito famoso em Jerusalém e atraía grande número de pessoas.

Jesus observava os enfermos que ali estavam. De repente, um afluxo da água da fonte movimentou a piscina. Os doentes, muitos deles ajudados por seus parentes e amigos, apressaram-se em chegar ao local, para beneficiarem-se do poder curador das águas. Um deles, chamado Josias, porém, não conseguiu chegar a tempo. Ele adoecera quando criança e estava paralítico já havia trinta e oito anos. Jesus o viu deitado e, sabendo que estava enfermo há tanto tempo, encheu-se de compaixão. Aproximou-se dele e perguntou:

Você quer ficar curado?

Josias, então, respondeu:

– Senhor, eu não tenho ninguém que me leve à piscina quando a água está se movendo. Quando vou chegando, outros já entraram na minha frente.

Ao ouvir isso, Jesus lhe disse:

Levante-se, pegue sua cama e ande.

No mesmo instante, Josias levantou-se, pegou sua cama e começou a andar.

João já havia percebido que o olhar de Jesus, que amava a todos, se dirigia em primeiro lugar àqueles que eram os mais carentes, os mais necessitados e abandonados. Josias tinha sido deixado por sua família naquele local já havia cerca de vinte anos. Vivia da caridade pública. Não tinha ninguém por ele; nem parentes, nem amigos. Estava destinado a passar o resto da vida naquela situação. De todos os doentes que ali se encontravam, ele era o mais discriminado, o mais excluído e marginalizado. Exatamente por isso, teve a preferência de Jesus.

João, então, compreendeu que Jesus estava restituindo a vida àquele homem. Jesus é a Vida. Ele realmente tinha vindo para que todos tivessem vida e vida em abundância (cf. Jo 10,10). Lembrou-se do texto do profeta Ezequiel sobre os ossos ressequidos (cf. Ez 37,1-14). Aquele homem, paralítico há tanto tempo, tinha os ossos atrofiados e ressequidos. Soprando sobre ele o seu sopro de vida Jesus lhe restituía não só a saúde – pois seus ossos se cobriram de tendões, ficaram cobertos de carne e revestiram-se de pele por cima –, mas a própria dignidade, integrando-o novamente ao convívio social. Josias havia ressuscitado para uma vida nova.

Depois de dar graças a Deus pelo que lhe havia acontecido, Josias tomou sua cama e começou a caminhar, como Jesus lhe ordenara que fizesse. Os dirigentes religiosos, que ali se encontravam, ao perceberem que ele carregava a sua cama, disseram-lhe que, de acordo com a Lei, ele não poderia fazer aquilo em dia de sábado.10 Perguntaram, então, a Josias quem o havia curado. Josias, pensando que eles desejavam encontrar Jesus para dar glória a Deus, foi juntamente com eles à procura de Jesus. João, porém, na sua intuição habitual, ao ver que as autoridades do Templo tinham a intenção de prender Jesus por ter curado em dia de sábado, agarrou Jesus firmemente pelo braço e o arrastou para o meio da multidão. Desse modo, João, naquela ocasião, livrou Jesus de um confronto direto com os seus adversários. Os dois, então, desapareceram no meio do povo (cf. Jo 5,13).

Recordando esse acontecimento, João compreendeu o quanto era apropriado o que acabara de escrever: “... o que nossas mãos apalparam do Verbo da Vida...” (1Jo 1,1).

Depois, mergulhado nas suas reminiscências, continuou a sua escrita:

... porque a Vida manifestou-se: nós a vimos e lhes damos testemunho e vos anunciamos esta Vida eterna, que estava voltada para o Pai e que nos apareceu... (1,2).



1 O sicômoro é uma espécie de figueira que possui tronco forte, de grande circunferência. É citada no evangelho de Lucas, no episódio em que Zaqueu subiu numa árvore para ver a chegada de Jesus a Jericó (cf. Lc 19,1-10).

2 O Novo Testamento apresenta duas versões diferentes para os últimos dias de Judas. Uma, a de que ele morreu por enforcamento (cf. Mt 27,3-10), e a outra, por queda com derramamento das entranhas (cf. At 1,15-20). Essas duas tradições populares divergentes colocam a morte de Judas ligada a um lugar mal-afamado e conhecido de Jerusalém, o Hacéldama, isto é, “Campo de sangue”.

3 No ano 66 d.C., os judeus se rebelaram contra os romanos. Tomaram a fortaleza Antônia e a cidade de Jerusalém, até que, em 70 d.C., o general romano Tito aproximou-se da cidade com quatro legiões e tropas auxiliares bem equipadas. Tito e suas tropas destruíram o Templo, que foi devorado pelas chamas, e retomaram a cidade.

4 Cláudio foi imperador de 41 a 54 d.C., e Agripa I governou a Galileia, Pereia e Judeia de 41 até sua morte, em 44.

5 Por outro lado, Agripa preferia viver na cidade grega de Cesareia a morar em Jerusalém; suas moedas foram cunhadas com sua imagem, e, ao celebrar uma festa do culto imperial, foi atacado de apendicite e morreu no meio de grandes dores. Para muitos judeus, a sua morte foi um castigo por ter permitido que a multidão o saudasse em termos próprios do culto dos reis helenistas.

6 Assim como Barrabás, o líder bandido Eleazar ben Dinai esteve ativo por vinte anos antes de finalmente ser capturado sob o procurador Félix (52-60 d.C.) (cf. Antiguidades 20.160-61). O historiador Josefo também ressalta a eliminação de vários grupos de salteadores sob a administração de Fado (44-46 d.C.). Entre eles, o do “salteador-chefe” Tolomau, que fazia incursões principalmente na Idumeia e ao longo da fronteira da Arábia (cf. Antiguidades 20.5).

7 Mais tarde, quando os evangelhos foram escritos, Mateus fez referência às trinta moedas de prata (cf. Mt 26,15; 27,3-10). A intenção de Mateus era mostrar que a traição de Jesus, embora trágica, tinha sido o cumprimento das profecias do Antigo Testamento (cf. Zacarias 11,12-13; Jeremias 18,2-3; 32,6-15). Mateus, portanto, tendo o evangelho de Marcos diante de si, que não menciona a troca de qualquer dinheiro, embelezou o texto com o seu próprio relato.

8 A festa dos Tabernáculos ou das Tendas (Sukkoth) era celebrada no mês de Tishri (setembro-outubro). Ela durava sete dias. Evocava-se a ação salvífica de Deus no decurso do Êxodo e, ao mesmo tempo, se davam graças pelas colheitas do ano. Na festa dos Tabernáculos, o povo festejava o próprio Templo, e cada família construía nos arredores de Jerusalém uma cabana de folhagens, na qual morava por uma semana, relembrando os antepassados que moravam em tendas quando saíram do Egito.

9 Escavações recentes descobriram ruínas da piscina, não, porém, dos cinco pórticos.

10 Transportar fardos era uma das proibições relativas ao repouso do sábado.

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