São Tomás Becket: fiel servidor do Reino de Deus

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São Tomás Becket: fiel servidor do Reino de Deus
Fonte: SANTUÁRIO APARECIDA

“Aceito a morte, em nome de Jesus e pela Igreja”.

São Tomás Becket pronunciou estas palavras pouco antes de morrer, em 29 de dezembro de 1170, como mártir e servo de Cristo. A audácia, a coragem, a fidelidade ao Evangelho e a defesa da fé católica são algumas das qualidades de sua vida e testemunho.

Leia MaisQuais as diferenças e semelhanças entre católicos e anglicanos?A fundação da Igreja AnglicanaTomás nasceu em Londres, em dezembro de 1118, em uma família de origem da Normandia. Jovem, ele fazia parte da comitiva do então príncipe Henrique, herdeiro do trono britânico. Os dois eram melhores amigos, tanto que quando se tornou rei, Henrique nomeou Tomás para ser seu chanceler, encarregado da guarda do selo real e, em certas épocas, da administração da justiça e principal conselheiro do reino.

Mesmo com os privilégios do cargo, Tomás nunca deixou de ser generoso com os necessitados e demonstrou sua liberdade interior mesmo diante do soberano, do qual não só era conselheiro, mas também pessoa de confiança.

Conversão que mudou sua vida

O real plano de Deus começou a se manifestar na vida do jovem por causa da amizade com Teobaldo de Canterbury, arcebispo de Londres. Tomás foi abrindo o coração à vida religiosa através das orientações do seu diretor espiritual e foi pouco a pouco aprofundando na experiência de Deus e o conhecimento da Doutrina da Igreja.

Em 1162, após a morte do bispo, o Papa deixou que o rei indicasse um nome para o arcebispado. Henrique II não pensou duas vezes e nomeou o amigo Tomás Becket para o cargo.

Como Arcebispo, começou a ter dificuldades com o rei, pois Henrique publicou um conjunto de leis que davam a ele próprio direitos abusivos, reduzindo a Igreja a um pequeno e submisso departamento do Estado da Inglaterra. Dom Tomás foi totalmente contra a limitação da liberdade e da independência da Igreja Católica no país.

A imposição do rei foi rejeitada com uma determinação do Arcebispo: “Em nome de Deus onipotente, não colocarei meu sigilo”. Assim, o amigo de então se torna, aos olhos do rei, um inimigo obstinado.

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Representação da volta do Arcebispo Becket para a Inglaterra


Mártir da fé e da liberdade

Tomás experimentou os sofrimentos do exílio: foi hóspede em um mosteiro e depois, encontrou refúgio na França, onde permaneceu seis anos distante da sua pátria. O retorno só foi possível quando o Papa Alexandre III conseguiu um acordo de paz com o monarca britânicoMesmo aclamado pelo povo, pois era notória sua integridade de homem correto e de pastor dedicado, sabia da fragilidade do pacto.

“Voltei sim, porém para morrer no meio de vós”. O primeiro ato depois de retornar foi destituir todos os bispos que tinham cedido aos caprichos do Rei Henrique.

Quando o monarca ficou sabendo dos atos, mandou alguém matar o religioso. Tomás foi avisado da intenção clara do rei, mas preferiu novamente não fugir. Ele respondeu às ameaças com uma frase que ficou gravada na história: “O medo da morte não deve nos fazer perder de vista a justiça“. Assim, entrou em oração, vestiu os paramentos e ficou à espera de seus assassinos dentro da catedral.

Quatro cavaleiros, que partiram de Londres rumo a Cantuária o assinaram a facadas. Diante da pergunta dos seus assassinos “Onde está Tomás, o traidor?”, o arcebispo tenha respondido: “Estou aqui, mas não sou um traidor; sou apenas um bispo e sacerdote de Deus”.

A Igreja, por meio do Papa Alexandre III, canonizou-o apenas três anos após a morte. Suas virtudes heroicas são consideradas um exemplo de vida e dedicação à fé, ao ponto de ser venerado tanto pelas tradições católica e anglicana (com templos e capelas não somente na Inglaterra, mas em países como a Alemanha e Canadá), além de ter se tornado um tema da cultura popular inglesa, sendo retratado na literatura, no cinema e na dramaturgia.

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Fonte: Vatican News