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SOFRIMENTO E REDENÇÃO
«Eis o cordeiro de Deus, eis aquele que tira o pecado do mundo! »
(João 1.29)
« ...porque fostes mortos e redimidos para Deus com o vosso sangue, homens de todas as tribos, línguas, povos e nações.»
(Apocalipse 5.9)
QUINTO DOMINGO DA QUARESMA
O sofrimento partilhado com a paixão de Cristo
O sofrimento está aumentando no mundo hoje. Os homens estão famintos por algo mais bonito, algo maior do que aquilo que as pessoas ao seu redor podem dar. Há hoje uma grande fome de Deus no mundo, há um grande sofrimento em todo o lado, mas há também uma grande fome de Deus e de amor mútuo.
O sofrimento em si não é nada; pelo contrário, um grande presente é o sofrimento partilhado com a Paixão de Cristo. O dom mais bonito que o homem recebeu é poder partilhar a Paixão de Cristo. Sim, um presente, um sinal do seu amor; porque foi assim que o Pai mostrou que ama o mundo: entregando seu próprio Filho à morte por nós (CW, n. 27).
SEGUNDA-FEIRA
Nosso "duplo"
Entre os nossos Cooperadores temos pessoas doentes, aleijadas, que muitas vezes não conseguem partilhar o nosso trabalho. E depois adotam uma Irmã ou um Irmão, e oferecem todas as suas dores e todas as suas orações por esse Irmão ou Irmã, que assim envolvem o Cooperador doente em tudo o que fazem. Os dois se tornam uma só pessoa e se chamam de "meu duplo". Minha “dupla” se chama Jacqueline de Decker e mora na Bélgica. Meus caríssimos irmãos sofredores: tenham a certeza de que cada um de nós proclama o vosso amor diante do trono de Deus, onde todos os dias vos oferecemos (ou melhor, nos oferecemos uns aos outros) a Cristo em nome das almas. Quão gratos devemos ser nós, Missionários da Caridade: vocês sofrem e nós trabalhamos. Completamos entre nós o que falta na nossa relação com Cristo. Sua vida de sacrifício é o cálice, ou melhor, nossos votos são o cálice e sua dor e o que você faz é o vinho: o coração sem mácula. Nós e vocês: todos sustentamos o mesmo cálice, e assim conseguimos saciar sua sede ardente de almas (CW, n. 27).
TERÇA-FEIRA
“Como pode um Deus misericordioso permitir tal sofrimento? »
“Como pode um Deus misericordioso”, perguntou-me um jornalista, “permitir tamanho sofrimento? Crianças morrendo de fome, pessoas mortas por terremotos... O que você pode me dizer?”
...Toda essa dor: o que seria do mundo sem essa dor? É uma dor inocente, que a torna igual à dor de Cristo. Ele sofreu por nós, e toda dor inocente se junta à sua na redenção do mundo. É a co-redenção. É uma dor que salva o mundo de coisas piores (SV, 267).
QUARTA-FEIRA
Intercessão e dor inocente
Muitas vezes me pergunto: se os inocentes não sofressem tanto o que aconteceria com o mundo? Os inocentes que sofrem são aqueles que intercedem continuamente. A sua inocência torna-os assim agradáveis a Deus e, aceitando o sofrimento, intercedem por nós (HP, 142).
QUINTA-FEIRA
O sofrimento como partilha da Redenção
Sem sofrimento, todo o nosso trabalho seria apenas trabalho “social”: um serviço muito útil, mas não seria obra de Jesus Cristo, não participaria da Redenção. Jesus quis ajudar-nos partilhando a nossa agonia e a nossa morte: tomou tudo sobre si e carregou-o até à noite mais profunda. Somente tornando-se um conosco ele nos redimiu. É-nos permitido fazer o mesmo: toda a desolação dos pobres – não só a sua pobreza material, mas também a sua miséria espiritual – pede para ser redimida, e devemos partilhá-la, porque só estando com eles poderemos redimi-los, trazendo Deus em sua vida e levá-los a Deus (LS, 62).
SEXTA-FEIRA
Holocaustos vivos
A renúncia total a nós mesmos é o amor verdadeiro. Quanto maior for a nossa oferta, maior será o nosso amor a Deus e às almas. Se realmente amamos as almas, devemos estar dispostos a tomar o seu lugar, tomar sobre nós os seus pecados e expiá-los. Devemos estar vivendo holocaustos, porque é assim que as almas são necessárias.
O amor de Deus não tem limites. Não tem medida e sua profundidade não pode ser compreendida. “Não vos deixarei órfãos” (LC, 103).
SÁBADO
Compartilhando os sofrimentos de Cristo
A Igreja convida-nos – em resposta ao amor incomensurável de Cristo – a completar na nossa carne o que falta aos sofrimentos de Cristo em favor do seu Corpo, a Igreja; convida-nos a expressar esta união e esta participação nos sofrimentos dos nossos pobres, pela sua salvação e pela sua santificação; dar testemunho da penitência, para que o povo de Deus tenha a coragem de incorporá-la na própria vida (Constituição, n. 127).
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