DINHEIRO

“A campanha de um homem rico rendeu uma boa colheita. Ele raciocinou consigo mesmo: “O que devo fazer, já que não tenho onde armazenar minhas colheitas?”. E ele disse: “Farei isto: demolirei meus armazéns e construirei outros maiores e recolherei lá todos os grãos e meus bens. Então direi a mim mesmo: Minha alma, você tem muitos bens à sua disposição, para muitos anos: descanse, coma, beba e alegre-se". Mas Deus lhe disse: "Insensato, esta mesma noite lhe pedirão a vida. E o que você preparou, de quem será?" O mesmo acontece com aqueles que acumulam tesouros para si e não enriquecem diante de Deus”.

(Lucas 12,16-21)

DÉCIMO DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES

O que fazer com o dinheiro extra?

Uma pessoa perde o contato com Deus no momento em que começa a acumular dinheiro. Deus não permita! Melhor morrer.

Mas então, o que fazer com o dinheiro extra? Colocar no banco? Não devemos absolutamente permitir-nos preocupar-nos com o futuro. Não há razão: existe Deus.

Quando a busca pelo dinheiro entra na alma, chega imediatamente a busca pelo que o dinheiro pode dar, a saber : coisas supérfluas, casas bonitas, luxo na mesa, mais roupas, bajuladores e assim por diante. E assim crescem as nossas necessidades, porque uma coisa pede a outra. E o resultado final? Uma insatisfação sem saída (LC, 106).

SEGUNDA-FEIRA

O dinheiro não faz você esquecer...

O dinheiro não precisa preocupá-lo a tal ponto que você esqueça que nós e nossos vizinhos somos mais importantes para Deus do que os lírios do campo e os pássaros do céu.

Esforce-se, portanto, continuamente para compreender que o seu estilo de vida (que é o estilo de Jesus) o levará ao amor perfeito por Deus e pelos que o rodeiam.

Isto é santidade. Na verdade, a santidade não representa um luxo para poucos: é um dever puro e simples para todos, para ti e para mim (AP, 7-8).

TERÇA-FEIRA

Sufocado pela quantidade de coisas

Aqui na América... você é facilmente sufocado pelas coisas. Porque quando você consegue tê-los, você é obrigado a dedicar um tempo para cuidar deles. E assim vocês não têm mais tempo para se dedicarem uns aos outros ou aos pobres. Deveis dedicar generosamente aos pobres a atenção que os ricos dedicam às suas contas bancárias (SV, 328).

QUARTA-FEIRA

Amor, o único remédio para algumas coisas

O dinheiro só pode comprar coisas materiais, como alimentos, roupas e casas. Mas precisamos de outra coisa. Há males para os quais o dinheiro não é remédio...: só é preciso amor... (MTC, 19-20).

O dinheiro só é útil na medida em que é usado para difundir o amor de Cristo. Pode servir para alimentar o Cristo que tem fome. Mas Cristo tem fome não só de pão, mas do seu amor, da sua presença, do seu contato humano (SMT, 61)

QUINTA-FEIRA

Não é pecado ser rico

Não é pecado ser rico. Certamente há uma razão pela qual algumas pessoas podem ter uma boa vida. Eles devem ter trabalhado muito para chegar a esse ponto.

Mas eu lhe digo que isso produz ganância e é aí que entra o pecado. A riqueza é um dom de Deus, mas o nosso dever é partilhá-la com os menos favorecidos (LS, 53).

Quem somos nós para nos enforcarmos como juízes dos ricos? O nosso dever é aproximar os ricos e os pobres, ser o seu ponto de contacto (LC, 50).

SEXTA-FEIRA

Raiva por recursos desperdiçados

Um jornalista perguntou a Madre Teresa: «Você já ficou com raiva? Você nunca fica frustrado?"

Sim... às vezes fico com raiva: por exemplo quando vejo desperdício; quando vejo que são desperdiçadas exatamente as coisas que as pessoas precisam, coisas que poderiam salvar a vida das pessoas.

Frustrado? Não, nunca frustrado (SV, 266).

SÁBADO

Deus declarará falência em Nova York?

Não quero que o nosso trabalho se transforme num negócio: deve continuar a ser um trabalho de amor.

Quero que você tenha absoluta confiança de que Deus não nos decepcionará. Aceite a palavra dele e busque primeiro o reino dos céus, e todas as coisas serão acrescentadas a você.

Alegria, paz, unidade: são coisas mais importantes que o dinheiro. Se Deus quiser que eu faça algo, Ele me dará os meios.

Recusei uma oferta do Cardeal Cooke, que me ofereceu quinhentos dólares por mês por cada freira que fosse trabalhar no bairro do Harlem. Disse-lhe simplesmente: «Acredita, Eminência, que em Nova Iorque Deus declara falência?...».

Dinheiro...: Não penso nisso. O dinheiro sempre vem. É o Senhor quem o envia: ele sempre faz a sua parte, fornece os meios. E se os meios necessários não chegam, é sinal de que ele não quer que façamos esse trabalho. Então, por que se preocupar? (ML, 85-86).