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As Grandes Maravilhas De Fátima

5. OS PRODÍGIOS DA VIRGEM

(13 DE SETEMBRO DE 1926)

A romagem

Suave e amena, exuberante de luz e cor, e levemente refrescada por uma branda viração do Norte, como uma das manhãs mais formosas da quadra primaveril, a manhã do dia treze de Setembro convidava os devotos de Nossa Senhora de Fátima a fazer mais uma vez a piedosa romagem mensal.

Às quatro horas atravessávamos com a velocidade de quarenta quilómetros à hora, as fertilíssimas planícies do Ribatejo, em demanda do local bendito das aparições da Virgem, santificado por tantas e tão assombrosas graças e bênçãos do Céu.

À medida que avançamos, vão-nos ficando para trás algumas das povoações mais importantes daquela riquíssima região, em que a fé dos nossos antepassados, amortecida durante tantos anos, mercê de circunstâncias várias, começa a despertar e a desentranhar-se em frutos salutares de vida cristã, graças à devoção de Nossa Senhora de Fátima e à actividade incansável de zelosos obreiros do Evangelho.

Almeirim, Alpiarça, Chamusca, Golegã, àquela hora ainda imersas no silêncio profundo dum sono reparador, deixam no nosso espírito, à sua passagem, a impressão triste e consternadora de povoações extintas, mortas, de vastíssimas necrópoles, em que porventura as transformasse de repente um violento e inesperado cataclismo.

Às oito horas surge, na nossa frente, donairosa e linda, com o seu sorriso branco e coroada pelo seu desmantelado castelo medieval, a gentil princesa do Almonda, a histórica vila de Torres Novas.

Ao longe erguem-se os primeiros contrafortes da serra de Aire, em cujo sopé se assentam as humildes aldeias de Pedrógão e Alqueidão, pontos de passagem forçados em direcção à terra sagrada de Fátima para os peregrinos do sul do país, que queiram apreciar da estrada, no cimo da montanha, um dos panoramas mais grandiosos de toda aquela encantadora região.

Depois entra-se em pleno coração da serra. São encostas íngremes e escarpadas, cobertas de mato raquítico e de oliveiras enfezadas, montes e vales áridos e desertos, onde, de longe em longe, se vêem alguns rebanhos de cabras rebuscando as poucas ervas que brotam a custo entre as pedras soltas e nos interstícios das rochas de mármore e de granito.

Em seguida aparecem sucessivamente o Bairro, Maxieira, Boleiros e, por fim lá avulta, a pequena distância, no cimo duma colina, a poética e graciosa povoação de Montelo, donde já se divisa a igreja paroquial de Fátima com a sua torre esguia erguida para as alturas, como o símbolo das preces que se evolam continuamente dos peitos dos habitantes crentes e piedosos das quarenta aldeias daquela vasta e populosa freguesia.

No local das aparições

Eis-nos chegados ao local das aparições, vulgarmente chamado a Cova da Iria.

Nessa ocasião – são quase onze horas – acumula-se no gigantesco anfiteatro uma multidão enorme de muitos milhares de pessoas. Os peregrinos não são numerosos como nos meses precedentes, por causa dos trabalhos agrícolas e sobretudo por causa da proximidade do mês de Outubro, em que se realiza a segunda peregrinação nacional, para a qual a maior parte dos devotos gosta de se reservar.

Contra o costume, fora do dia das grandes peregrinações, predominou desta vez entre os fiéis o elemento das classes aristocrática e burguesa.

A estrada distrital está literalmente ocupada, numa extensão de muitas centenas de metros, por veículos de toda a espécie, que dificultam sobremaneira o trânsito.

Apesar disso continuam a chegar, a cada momento, camionetes, automóveis e trens, que transportam peregrinos procedentes de todos os distritos do país.

O espectáculo, que ao meio dia oferece o local das aparições, é verdadeiramente empolgante. Os peregrinos estão espalhados por toda a vasta extensão do recinto murado, mas concentram-se sobretudo em torno dos três pontos preferidos: o pavilhão dos doentes, a capela das aparições e a fonte miraculosa.

Os servitas de Torres Novas e os seus auxiliares, sempre indefessos no desempenho da sua nobre e árdua tarefa, conduzem em macas, desde a estrada até ao respectivo pavilhão, os paralíticos e os enfermos em estado grave.

As servas de Nossa Senhora do Rosário, envergando as suas batas alvinitentes, solícitas e desveladas como anjos de caridade, prestam os cuidados do seu ministério a tantas vítimas do sem número de flagelos que afligem a pobre humanidade.

Os escuteiros de Leiria, sob a direcção dos seus chefes, fazem o serviço de ordem, executando rigorosamente a sua consigne com zelo, prudência e abnegação cristã.

A inscrição dos doentes

Dirigimo-nos para o Posto das verificações médicas. Às portas estacionam alguns escuteiros que regulam o serviço de entrada e saída dos doentes. Graças à especial deferência dum dos chefes, somos imediatamente admitidos no interior do edifício e, poucos momentos depois, encontramo-nos numa sala espaçosa, onde o director do Posto, o dr. Pereira Gens, da Batalha, coadjuvado por servos e servas de Nossa Senhora do Rosário, examina doentes de ambos os sexos, redigindo breves processos verbais, e lhes fornece as senhas de ingresso no respectivo pavilhão.

Na ocasião em que entramos já estão registados cerca de duzentos enfermos. Diante de nós desfila então uma série, longa e interminável, de vítimas de todas as misérias humanas. E a todas elas, o ilustre clínico, com uma paciência inesgotável, acolhe benevolamente, ouvindo, com atenção e interesse, a exposição sumária dos males, de que padecem. São tuberculosos, cegos, surdos, paralíticos, cancerosos, doentes de mal de Pott e de tantas outras misérias físicas, que vão por seu pé ou são levados em macas pelos servitas para junto da capela das missas.

A um canto da sala, jaz prostrado sobre uma cadeira, aguardando a sua vez, um indivíduo cujo aspecto revela intenso sofrimento. Bastante novo ainda, exausto de forças, de rosto pálido e emaciado, com todos os sintomas de tuberculose pulmonar, esse pobre farrapo humano inspira, a todos os que o vêem, a mais viva simpatia e a mais profunda comiseração. Aproximámo-nos dele e formulámos algumas perguntas. Chama-se Manuel Monteiro de Carvalho e Pinho e mora na Praça das Flores, 165, Porto. Faz parte do grupo de peregrinos da cidade da Virgem que, em número de trinta e quatro, vieram visitar, em piedosa romagem, a sua celeste Padroeira no santuário da sua predilecção. Há quatro anos que sofre da terrível doença que o reduziu a tão lastimoso estado. Constatando a sua extrema fraqueza, perguntamos-lhe se quer ser transportado em maca para o abrigo dos doentes. Responde afirmativamente e agradece com efusão. Prevenimos um dos servitas presentes, que vai sem demora buscar uma maca e, auxiliado por um confrade, conduz o enfermo para o pavilhão, logo que o médico, após um rápido exame, lhe entrega a desejada senha de ingresso.

Os doentes

São quase horas da missa dos doentes. O recinto que a estes é reservado está quase completamente cheio. O estado de alguns é bastante grave. Apressamo-nos a colher dos seus lábios umas breves informações.

Aqui é uma paralítica de Torres Vedras, que sofre há oito anos de reumatismo e que, tendo vindo há três anos a Fátima, obteve sensíveis melhoras.

Acolá é uma senhora da Marinha Grande que há dezoito meses se queixa de violentas dores intestinais e que, havendo consultado um grande número de médicos, se sujeitou debalde aos vários tratamentos prescritos.

Mais além é um rapaz, dos Pousos, de vinte anos de idade, que há seis anos, sendo militar e estando de guarda aos prisioneiros alemães internados em Peniche, tomou banho no mar e em seguida cometeu a imprudência de adormecer sobre a areia quente da praia, ficando completamente paralítico.

Noutra parte é um rapaz de dezoito anos, de Lisboa, atacado, desde os dois anos de idade, de paralisia e atrofia geral.

Depois é um homem de Sanfins do Douro, actualmente morador na capital, que começou há dois anos a sofrer de tuberculose pulmonar, tendo-se agravado o seu estado a partir de Outubro último.

É ainda um cavalheiro das Caldas da Rainha, há vinte anos paralítico e neurasténico.

É, finalmente, o dr. X. tão ilustre pelo seu saber como pela sua piedade que, preso à sua cadeira de paralítico, em que é transportado por dois servitas, reza devotamente o terço, implorando a sua cura, mas santamente resignado à vontade de Deus.

A missa dos doentes

É uma hora e trinta e sete minutos. Depois de conduzida processionalmente a estátua de Nossa Senhora do Rosário da capela das aparições para a capela das missas, os sacerdotes e seminaristas presentes cantam em coro o Credo de Lourdes

Principia em seguida a missa dos doentes. Do alto do púlpito o rev.do dr. Marques dos Santos, capelão-director dos Servos de Nossa Senhora do Rosário, dá início à recitação do terço, que é feita alternadamente com a multidão.

O silêncio torna-se mais profundo, o recolhimento é cada vez maior, a devoção intensifica-se. Chega o momento da elevação. A hóstia branca e imaculada, em que Jesus encarnou dum modo inefável às mãos do celebrante, por meio das palavras misteriosas da consagração, como encarnou outrora no seio virginal de Maria Santíssima, ergue-se no espaço, entre a terra e o Céu, como vítima augusta de expiação dos pecados individuais e das iniquidades colectivas.Toda aquela mole imensa de fiéis ajoelha no pó da charneca e adora profundamente o Filho de Deus oculto sob as Sagradas Espécies no seu Sacramento de amor. Súbito um cântico piedoso e comovente irrompe de milhares de bocas, em louvor da Santíssima e Augustíssima Eucaristia. Continua a recitação do terço, interrompida pela elevação. Ao Domine, non sum dignus a multidão inclina-se reverente, depois o celebrante consome as Sagradas Espécies e por fim um sacerdote, revestido de sobrepeliz e estola, vai buscar a píxide de ouro para administrar o Pão dos anjos àquelas pessoas que, devidamente confessadas, não tinham tido o ensejo de o receber nas missas anteriores.

Terminada a missa, expõe-se o Santíssimo Sacramento na riquíssima custódia oferecida há dois anos pela Associação dos Filhos de Maria de Benfica e canta-se o Adoremus. Depois realiza-se a cerimónia sempre nova, sempre bela e comovente, da bênção dos enfermos.

Bênção dos enfermos

Os paralíticos e os doentes em estado mais grave, que jazem sobre colchões em frente das bancadas do pavilhão, são os primeiros a receber a suspirada bênção.

O sacerdote traça com a custódia o sinal da cruz sobre cada um daqueles enfermos, cujos olhos marejados de lágrimas, fixam, numa expressão resignada de dor e de súplica, a Divina Hóstia de amor. Entretanto começam a fazer-se as invocações, implorando remédio para todas as misérias humanas, lenitivo e conforto para todos os sofrimentos.

E a comovente cerimónia, que arranca lágrimas de todos os olhos, continua a efectuar-se lentamente, de bancada em bancada, de fila em fila, num ritmo cadenciado e grave, dum encanto indefinível e duma majestade incomparável.

Já receberam a bênção de Jesus-Hóstia cerca de metade dos doentes.

De repente ouve-se um grito. É o tuberculoso Carvalho e Pinho, aquele “farrapo” humano de que acima falámos, que, depois de receber a bênção, exclama, no auge da alegria: “Viva Jesus Sacramentado!” E logo a seguir: “Viva o Santíssimo Sacramento! Estou curado!”

A impressão produzida por estas palavras sobre a assistência é absolutamente indescritível.

Um frémito de comoção percorre toda aquela enorme massa de gente, que se agita como um mar encapelado por súbita e furiosa procela

Dir-se-ia que a impele vigorosamente uma força sobrenatural e invencível, a que debalde tenta resistir. Todos anelam ver com os seus próprios olhos, todos querem aproximar-se do feliz mortal que, dizendo-se curado, se proclama por isso mesmo privilegiado da Virgem.

Os sacerdotes e os servitas procuram acalmar o entusiasmo da multidão, que é facilmente contido pelo respeito devido a Jesus Sacramentado.

As lágrimas dos doentes são agora mais abundantes, as suas súplicas mais fervorosas e veementes, e ao mesmo tempo mais viva e mais firme a sua confiança na bondade, na misericórdia e no amor do Divino Mestre, que passa fazendo o bem, como outrora, durante a sua vida mortal, quando percorria vilas e aldeias da Judeia, da Samaria e da Galileia.

Por fim canta-se o Tantum ergo e dá-se a bênção geral a toda a assistência, encerrando-se o Santíssimo no sacrário, para ser, daí a poucos instantes, consumido pelo celebrante da última missa.

Segue-se o sermão, que foi pregado pelo rev.do dr. João Francisco dos Santos, professor no Seminário do Porto.

Os actos oficiais da peregrinação concluem com a condução da estátua da Virgem bendita para o seu pedestal, acima da azinheira sagrada, no venerando padrão comemorativo dos sucessos maravilhosos de 1917, a santa capela das aparições.

No Posto das verificações médicas

São quase quatro horas da tarde. Dirigimo-nos novamente para o Posto das verificações médicas. Na mesma sala, onde algumas horas antes tínhamos visto Carvalho e Pinho num estado que inspirava vivíssima compaixão, encontramo-lo agora, alegre e sorridente, rodeado de várias pessoas que o assediam com inúmeras perguntas. Interrogamo-lo acerca do seu estado. Responde que não está completamente curado, como a princípio supunha, mas que experimenta consideráveis melhoras que atribui à misericórdia de Jesus Sacramentado e à intercessão maternal de Maria Santíssima. Alguns servitas, no intuito de o livrarem do assédio dos curiosos, cujo número aumenta cada vez mais, convidam-no a entrar para um dos gabinetes do Posto.

Ali continuamos a interrogá-lo. Quando nos dizia que tinha um irmão jesuíta a fazer os seus estudos na Áustria, observámos-lhe que decerto à consecução de tão grande graça não tinham sido estranhas as orações dessa alma, que generosamente se consagrou ao serviço de Deus na vida religiosa, o que ele confirmou com um aceno de cabeça e sorrindo de satisfação.

Passa-se depois uma cena íntima altamente patética.

Três pessoas da sua família, que chegam do Porto naquele instante, entram precipitadamente no quarto e, ao vê-lo tão diferente do que era, choram de comoção. Uma delas abraça-o num pranto desfeito, exclamando: “Há quatro anos que nunca te vi assim”. Carvalho e Pinto repreende-as amigavelmente, estranhando as lágrimas que derramam. “Ah! – obtempera uma delas – é que às vezes também se chora de alegria!”

Uma cura

De boca em boca corre a notícia, que nos chega aos ouvidos, de se ter operado, por ocasião da bênção do Santíssimo, uma cura sobremodo interessante. Um nosso amigo, bem informado, assegura-nos que a pessoa, que foi objecto dessa cura, humilde criada de servir, está nesse momento no Posto médico.

Depois de a termos procurado em vão, durante algum tempo, vamos encontrá-la noutro gabinete, rodeada de algumas servitas e de pessoas das suas relações, que com ela tinham vindo na peregrinação do Porto. Interrogamo-la. O seu nome é Maria Rosa Ribeiro, tem vinte e dois anos de idade e é natural de Ponte da Barca. Há dezasseis anos que sofre duma úlcera no estômago. O médico que a tratava, não tendo conseguido debelar o mal com os meios de que dispunha, aconselha-a a ir para o Porto, a fim de a submeter a uma operação.

Naquela cidade consegue ser recebida como serviçal em casa duma ilustre e benemérita portuense, a Senhora D. Maria José Pestana Leão.

Há sete meses que não toma outro alimento que não seja leite. Passa mal as noites, quase sempre sentada na cama. É-lhe impossível conciliar o sono. As hemorragias são frequentes. Dez dias antes da peregrinação começa a ter uma hemorragia abundante, que nada é capaz de fazer estancar.

O dr. Albino dos Santos, professor da Faculdade de Medicina, com consultório na rua Fernandes Tomás, seu médico assistente, como a enferma lhe comunicasse que desejava ir em peregrinação a Fátima, recusa-se a dar o seu consentimento, por recear que o fluxo de sangue aumente e produza consequências graves e até porventura fatais para a saúde da sua cliente. A enferma, impulsionada pela sua viva confiança no poder da Santíssima Virgem, determina correr todos os riscos, desobedecendo ao médico, e toma lugar no comboio entre os peregrinos do grupo do Porto.

Logo que entra no comboio cessa por completo a hemorragia, que nunca mais se renovou. Durante a viagem o seu mal estar é grande e maior se torna ainda em toda a manhã do dia treze.

Apesar de várias vezes lhe oferecerem leite, conserva-se até à uma hora sem tomar alimento algum. A essa hora, cedendo a instâncias repetidas de pessoas amigas, sorve alguns golos daquela bebida. Assiste à missa dos enfermos e à bênção particular sem experimentar o mais pequeno alívio dos seus incómodos.

No momento em que o celebrante dá a bênção geral, acha-se repentinamente curada. ”Uma coisa que eu não sei explicar – dizia ela – subiu por mim acima e desapareceu, desaparecendo ao mesmo tempo, como que por encanto, todo o meu mal. Sente um apetite extraordinário, verdadeiramente devorador, tendo a certeza de que qualquer alimento que ingerisse, não lhe faria mal. Mas aceita o sacrifício de obedecer a um dos médicos do Posto, que lhe recomendou que fosse prudente, abstendo-se por enquanto de tomar alimento sólido.

Por deferência do clínico de serviço, conseguimos ler a declaração do médico assistente de Rosa Maria Ribeiro, que é do teor seguinte:

Dr. Albino dos Santos – assistente de Medicina – Rosa Maria Ribeiro, criada da ex.ma senhora D. Maria José Pestana Leão, sofre do estômago há mais dum ano (dores, vómitos e hematémeses). Pelos sintomas que apresenta e pela sua resistência ao tratamento adequado, deve tratar-se duma gastrite ulcerosa.

Porto, 8 de Setembro de 1926

a) Albino dos Santos

Aguardamos serenamente o veredictum definitivo da Ciência e da Igreja acerca da natureza desta cura, acatando-o de antemão, qualquer que ele seja, como é nosso dever de cristãos, prudentes e dóceis aos ditames da legítima autoridade nesta matéria.

Depois do nosso regresso, ouvimos falar ainda doutra cura, também duma úlcera, e realizada igualmente numa pessoa do grupo privilegiado da cidade da Virgem.

Oportunamente forneceremos aos nossos leitores as informações que entretanto pudermos obter acerca desta nova prova do poder e da bondade da augusta Rainha do Santíssimo Rosário.

O regresso dos peregrinos

São cinco horas da tarde. As clareiras produzidas pela retirada são de momento para momento cada vez maiores nas fileiras compactas da imensa legião dos peregrinos de Fátima.

Ouvem-se aqui e acolá os derradeiros cânticos de despedida e os saudosos adeus à Virgem.

A breve trecho reinam de novo o silêncio e a solidão naquela estância bendita da esperança que a Rainha dos Anjos santificou com a sua augusta presença e onde ela prodigaliza graças e bênçãos a flux sobre o povo que a saúda como sua nobre e piedosíssima Padroeira.

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