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INTERLÚDIO II:
ORAÇÃO DO
FARISEU ARREPENDENTE
ENQUANTO ENFRENTA A MISÉRIA
DO SEU PRÓPRIO CORAÇÃO
DESCIMENTO DENTRO DE MIM e me pergunto o que sou, o que encontro, ó meu Deus? Uma faculdade de raciocínio instável e sempre perto de se desviar; afetos inconstantes; uma confusão desconcertante de esperanças e medos vãos; muitas inclinações viciosas; uma infinidade de desejos incontáveis que me agitam e atormentam incessantemente; de vez em quando, uma pontada fugidia de alegria, mas mais habitualmente um profundo tédio; um misterioso instinto para o Céu, mas também para todas as paixões da terra; uma vontade débil que ao mesmo tempo quer e não quer; grande orgulho em meio a grande miséria. . . .
Esse é o meu estado atual criado pelo pecado. E, além de tudo isso, sinto-me totalmente impotente para levantar uma natureza tão profundamente decaída. Era necessário que o próprio Deus viesse tirar dos meus ombros este imenso peso de degradação. Sem um redentor, toda a eternidade teria passado sobre as ruínas da humanidade. Mas tal Redentor apareceu, dizendo-nos: “Aqui estou!” E a sua graça reparou a desordem do intelecto e a desordem do coração. Sua graça restaurou a imagem de Deus na criatura caída.
Que mistério insondável de amor! E como devemos responder a tal ato de bondade? Reconheçamos pelo menos a nossa fraqueza e a nossa indigência. Não atribuamos a nós mesmos nenhuma das coisas boas que nos são dadas gratuitamente. Demos a glória a quem ela pertence e entremos com todas as forças do nosso ser nos sentimentos do profeta: “Ó Senhor meu Deus, clamei a ti por socorro e tu me curaste. Ó Senhor, você tirou minha alma do Sheol, me restaurou a vida dentre aqueles que desceram à cova. Cantai louvores ao Senhor, vós, seus santos, e dai graças ao seu santo nome” (Sl 30,2-4). 1
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