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    • Juventude: crises, cruzes e luzes – José Fernandes de Oliveira
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O pássaro e o caçador

Poema bioecológico

O pássaro estava quieto e sossegado naquele galho sem folhas. Descansava! Um traidor, ser humano, que não tinha fome, não precisava de suas penas e não tinha nenhuma razão, apenas por diversão que nunca é razão suficiente, apontou sua espingarda de chumbo e, por trás, sem dar nenhuma chance ao pobre pássaro, o derrubou. Deu um urro de alegria porque acertara o alvo. O alvo não teve nem tempo de dar um pipio de tristeza. Morreu ali mesmo.

Morreu para a alegria de um caçador irresponsável que mata por matar, porque, ao invés de treinar em cacos, pedaços de vidros ou latas de alumínio, preferiu treinar em pássaros distraídos. Era bonito, colorido, pendendo para o azul e estava ali, morto. Nem sequer levar ele o levou. Esqueceu-o na barranca do rio.

Provavelmente vai dormir sossegado, agradecendo ao Criador pela caçada, ele que desnecessariamente destruiu mais uma vida. Como era uma fêmea, impediu que nascessem mais pássaros bonitos como aquele. Por causa da sua diversão estúpida, o mundo ficou mais pobre. Ele não estava se defendendo de um animal perigoso.

Matou pra ver se tinha mira, descriou afrontando o Criador, que por séculos e milênios foi moldando aquela espécie de vida. Em três segundos, traiçoeiramente a destruiu. Deve ter contado para os amigos a sua façanha. Não se arrependeu e provavelmente não se arrependerá. Só entenderia se alguém fizesse o mesmo com um filho dele ou com um parente. Não desejamos para ele esta tragédia, como não desejávamos a tragédia para o lindo pássaro de penas azuladas...

Oremos pelos que se alegram com a morte dos outros! Precisam de reeducação.

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