• Home
    • -
    • Livros
    • -
    • Juventude: crises, cruzes e luzes – José Fernandes de Oliveira
  • A+
  • A-


524255_Juventude

abertura.jpg

Amor que tem seu tempo

Toda vez que ela passava ele dizia: “Um dia desses, ela vai levantar os olhos, vai olhar para mim e vai perceber que Deus me fez para ela”.

Ela passava e não olhava. Tinha 18 anos a mocinha tímida, e ele 23. Mas ele não desistia; estava ali, no caminho dela para a escola, e ficava respeitoso olhando. Ele realmente gostava daquela guria. Coisa de sulista que aposta no seu taco!

Nunca disse uma palavra que a magoasse, nunca jogou galanteio, nunca, jamais disse aquelas coisas que os homens mal-educados costumam dizer para as moças bonitas. Ficava ali, esperando que ela um dia o olhasse.

E esse dia veio. Ela escorregou num dia de chuva, os cadernos caíram e lá foi ele ajudar. Ele entregou os cadernos – já limpos – para ela e finalmente pode olhá-la, e ela, para ele. Foi quando ele disse: “Já sei o seu nome. Mas você não sabe o meu”. E ela disse: “Como é seu nome?”. E ele: “Caio”. E ela brincou: “Quem caiu fui eu!”. E ele disse: “Mas, antes de você cair eu já estava caidão por você. Faz dezoito meses que vejo você passar todos os dias e espero que você olhe para mim, mas você nunca olhou”. E ela brincando: “De hoje em diante eu vou olhar! Obrigada pela sua gentileza”.

Ficaram amigos, namoraram, casaram quatro anos depois, são pais de quatro filhos maravilhosos e continuam olhando um para o outro há mais de vinte e três anos. Tudo aconteceu porque ele respeitou o tempo dela. De fato, Deus o preparou para ela e ela para ele.

Amor, quando é verdadeiro, sabe a hora e não se antecipa.

Receba a Liturgia Diária no seu WhatsApp


Deixe um Comentário

Comentários


Nenhum comentário ainda.


Acervo Católico

© 2024 - 2025 Acervo Católico. Todos os direitos reservados.

Siga-nos