- A+
- A-
Violência inexplicável
Para um católico é sempre difícil explicar episódios como a Inquisição, os gestos e a vida de alguns padres e cardeais. Galileu Galilei, Giordano Bruno, Joana d’Arc, a cruzada de crianças para libertar Jerusalém, a aceitação de servos e escravos, o fausto e o luxo de religiosos e uma série de contradições vividas em nome da fé.
Para um não católico é difícil explicar os excessos cometidos em nome da Bíblia por personagens como Henrique VIII, João Huss, Lutero e Calvino.
Para um comunista é difícil explicar o humanismo de sua teologia depois da Hungria, Tchecoslováquia, Polônia, Afeganistão, Camboja, Vietnã, Kolkoses, Stalinismo, KGB, das clínicas psiquiátricas a serviço da repressão, do martírio dos dissidentes, da vasta rede de espionagem, dos armamentos e do fracasso do seu humanismo sem liberdade.
Para um capitalista não há nem o que explicar. O capitalista propõe pouca coisa, exceto que o ser humano deve ser livre para possuir o quanto puder. Os controles, ele aceita como um mal inevitável. E não para salvar povos, mas por interesses econômicos, faz o que fez no Chile, no Cone Sul e na América Central.
A verdade é que quando não levamos Deus ou o ser humano a sério somos perigosos e violentos. Crer num Deus mais Pai nosso do que dos outros, ou negar um Pai Universal, em muitos casos, mais cedo ou mais tarde, significa brutalizar os outros. A violência é o resultado da coisificação do outro.
Receba a Liturgia Diária no seu WhatsApp
Deixe um Comentário
Comentários
Nenhum comentário ainda.