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Amigos ecumênicos
Há os não ecumênicos e os antiecumênicos. Um não consegue ver luz nos outros e outro não quer, combate e faz de tudo para derrotar quem não crê como ele. Um é convicto e outro é aguerrido. Um crê na sua Igreja e outro quer o fim da outra Igreja.
A palavra “ecumenismo” reveste-se de um significado muito grande, sobretudo nos dias de hoje, quando todos somos vítimas de preconceitos, violências, guerras, fratricídios, humilhações e ataques. Às vezes por causa de cor, por causa de tribo e de raças, e não poucas vezes, infelizmente, por causa de religião.
O ecumenismo consiste, exatamente, em buscar as similitudes, as confluências e os pontos de concordância entre todas as religiões – se diferença houver, e onde ela existir – e um diálogo sereno. Seria como o caso de observadores e astrônomos que em colinas diferentes e lugares muito distantes assestam o seu telescópio para uma determinada estrela, e depois se reúnem para refletir sobre o que viram, o que é em comum e o que é diferente do ponto de vista do ângulo em que estão. Nenhum deles deixa de ser observador ou astrônomo, nenhum deles deixa de ter seus méritos, mas é claro que haverá pequenas diferenças – ou até grandes diferenças – a partir do tipo de telescópio que usam, das condições de nuvens dos lugares onde estão e a partir de uma série de outras circunstâncias. Mas, conversando, um aprenderá com o outro. Isolados, nenhum deles crescerá o suficiente.
O ecumenismo é exatamente essa capacidade serena de dialogar sobre as nossas semelhanças, dialogar sobre as nossas diferenças e, naquilo em que tudo é comum, trabalhar juntos pelo bem do povo e pelo bem da comunidade. O movimento ecumênico hoje é muito forte. Ele nasce da fraternidade, do afeto mútuo e da tolerância em nome do Criador.
Os antiecumênicos, infelizmente, não chegaram a este estágio e são pessoas que ainda acreditam que o Sol brilha no telhado deles, ou, se brilha no do outro, brilha muito pouco. Eles é que têm toda a Luz e só eles podem falar, porque só eles conhecem a verdade, ou Deus os ama mais do que aos outros, ou, ainda, eles amam a Deus mais do que os outros.
O ecumenismo não admite esse tipo de vaidade, ele nasce de uma profunda humildade.
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