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Escritura como medida
A fundação do Opus Dei ocorreu em 2 de outubro de 1928, quando São Josemaria “viu” a Obra de Deus (ainda sem nome) como forma de santificação no trabalho quotidiano e no cumprimento dos deveres ordinários do cristão.
Como era o Opus Dei naquele momento? Não conhecemos os detalhes visuais, mas podemos vislumbrar a Obra encarnada nos escritos posteriores do fundador. Ali, ele falou das Escrituras como uma medida confiável do seu modo de vida, que era “tão antigo quanto o Evangelho, mas, como o Evangelho, sempre novo”. 4 No início de sua obra seminal, O Caminho , ele escreve: “Como eu gostaria que sua postura e conversa fossem tais que, ao ver ou ouvir você, as pessoas dissessem: Este homem lê a vida de Jesus Cristo.” 5 Por outro lado, ao falar daqueles que não vivem a caridade cristã, São Josemaria disse: “Parecem que não leram o Evangelho”. 6
A sua própria leitura do Evangelho, e das Escrituras em geral, foi iluminada pelo seu carisma fundacional particular, que o levou a desenvolver ideias que tinham sido ignoradas na teologia anterior. Ele é notável por sua nova ou renovada ênfase em certas noções encontradas nas Escrituras: o chamado universal à santidade, por exemplo, e a santificação da vida cotidiana. Repetidas vezes, ele foi levado a contemplar as tentadoras alusões dos Evangelhos aos trinta anos de vida oculta de Jesus. Mesmo nestes silêncios relativos, ele encontrou um modelo para a “vida oculta” das pessoas comuns que trabalham no mundo.
O estudo das Escrituras foi, portanto, essencial para a sua espiritualidade pessoal e para o programa que desenvolveu para os membros do Opus Dei. Ele presumia que as Escrituras não apenas permitiam que os leitores conhecessem Jesus, mas também os capacitavam a imitá-Lo. “Na nossa própria vida devemos reproduzir a vida de Cristo. Precisamos conhecê-lo lendo e meditando nas Escrituras.” 7
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