Adoração em Espírito e Verdade

Vamos passar para a próxima instância da “hora”. No quarto capítulo, Jesus está falando com uma pessoa que hoje pode ser chamada de “marginalizada”. Ela era samaritana, membro de um povo rebelde que, embora descendesse de Israel, durante séculos seguiu uma religião degradada e idólatra. Os judeus devotos não se rebaixaram para falar com os samaritanos. No entanto, Jesus escolheu esta mulher samaritana para receber o primeiro ensino explícito sobre a Sua “hora”. Depois que ela fala das diferenças religiosas entre judeus e samaritanos, Ele responde: “Mulher, acredite, está chegando a hora em que nem neste monte nem em Jerusalém você adorará o Pai. . . . [A] hora vem, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade” (João 4:21-24).

Mais uma vez, O encontramos falando da Sua hora, mas novamente vai além dos eventos históricos que cercam a Sua paixão. Em Caná, Suas palavras revelaram que Ele esperava fornecer vinho quando chegasse a hora. Agora, com a mulher samaritana, Ele revela outra dimensão.

Nesta passagem aprendemos que Sua hora não é apenas um momento de fornecer vinho. É ainda mais um momento de adoração – uma forma de adoração radicalmente nova, que nem mesmo os judeus no Templo de Jerusalém conheceram. Quando chegar a hora, a água viva do Espírito Santo será derramada para permitir que todas as pessoas adorem “em espírito”.

Esse derramamento mudou tudo. Agora, na hora de Jesus, não é onde você adora que é importante, mas como você adora. A adoração também não está restrita ao Povo Escolhido ou ao Templo de Jerusalém. A adoração “em espírito” está disponível até mesmo para aquelas pessoas que os judeus consideravam “espiritualmente mortas”. Mas como pode ser isso? A resposta, novamente, está na hora.