16. OLHO PARA A QUALIDADE

Parábolas do Tesouro, da Pérola
e da Rede (13:44-50)

BRILHO DE TESOURO , brilho de pérola, brilho de peixes flutuando na praia. . . As epifanias sempre envolvem a luz. A imagem do justo radiante no Reino (13:43) leva imediatamente ao esplendor do tesouro escondido (13:44), brilhando entre as rochas e o solo e identificado pelo descobridor como precioso. Da mesma forma, as pérolas mais finas (13:46) podem ser reveladas pelo seu brilho distinto. E somente o conhecedor de peixes pode separar rapidamente o valioso do inútil (13:48). As três breves parábolas que concluem esta série de sete estão ligadas à partícula “novamente” em 13:45 e 47. Todas as três têm a ver com discriminação – a capacidade de reconhecer a qualidade quando a encontramos.

Esta proliferação de parábolas sobre o Reino dos Céus impressiona-nos como um tema que nunca cansa Jesus. Ele parece não conseguir encontrar abordagens e imagens suficientes para comunicar a realidade do Reino, e esta criatividade concentrada da sua parte nos mostra a grande centralidade do assunto. No entanto, vindo da intrincada explicação alegórica da Parábola do Joio, acolhemos com satisfação a extrema brevidade e simplificação de estilo que agora encontramos. Jesus não apenas proclamou programaticamente no início do seu ministério que “o Reino dos céus está próximo” (4:17) e nos ensinou a orar para que ele se aproxime ainda mais (6:10a); ele também trabalha incessantemente, tanto com palavras como com obras, para fazer com que as raízes do Reino penetrem cada vez mais profundamente na nossa mente e no nosso coração. Visto que Jesus ainda fala apenas aos seus discípulos na privacidade da “casa”, podemos presumir que ele deseja incutir-lhes este mesmo zelo.

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