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    • Fogo da Misericórdia, Coração da Palavra: Meditações sobre o Evangelho Segundo São Mateus (Volume 2)
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Fire Of Mercy Vol. 2 Heart of the Word

13:31b ὃν ἄνθϱωπος λαβὼν ἔσπειϱεν

ἐν τῷ ἀγϱῷ αὐτοῦ

que um homem tomou e semeou no seu campo

DEUS ESCOLHE O QUE É “baixo e desprezado no mundo” para nos trazer vida em Cristo Jesus, e este homem pega um grão de mostarda e o semeia “no seu campo”. Antes mesmo das propriedades inerentes à semente vem a ação do agricultor. E antes da exaltação para a glória daquilo que é “baixo e desprezado” vem a livre intervenção de Deus, que escolhe o que quer, “planta” e faz prosperar. A natureza da semente necessita da inteligência e do trabalho do semeador para poder dar frutos, para que possa realizar plenamente a sua promessa mais profunda. Em contraste com a parábola do semeador, com a sua grande abundância de sementes semeadas, esta parábola envolve apenas um grão de mostarda e a única árvore que dele cresce. Deste grão emerge todo um mundo de belas inter-relações. À medida que cresce, o grão produz um rebento e depois um talo, de onde saem ramos. Mal o crescimento atingiu o status de arbusto quando continua sua transformação; ela “torna-se uma árvore” e o mundo inteiro se cristaliza em torno dela.

Este semeador, este grão, este campo e este crescimento, todos juntos, são o Reino dos céus. A árvore não para de crescer até que seus galhos preencham todo o espaço definido pelo campo, porque este campo é o universo, e esta árvore é nada menos que aquela plantada por Deus no Éden no início: “Da terra saiu o Senhor Deus fez crescer. . . a Árvore da Vida no meio do jardim” (Gn 2:9). É esta Árvore, convocada por Deus, e não a Torre de Babel, construída pelos homens, que dá verdadeiro acesso à vida de Deus e que liga a terra e o céu através da natureza e não da tecnologia. A parábola nos ensina que o céu e a terra não são realidades antitéticas, mas complementares, existindo juntas no mesmo continuum daquilo que Deus criou.

O Céu, morada de Deus e santuário dos seus mistérios, pode ser encontrado através da nossa contemplação das obras e intervenções de Deus na terra. Postular o “céu” como uma dimensão a ser “escalada”, a ser explorada e explorada com meios puramente racionais, é um ato de arrogância que só pode levar ao desastre. O Reino dos céus só pode ser encontrado se o procurarmos como resultado da plantação de Deus, no mundo como um campo semeado por Ele. Há algo propriamente milagroso na compreensão de que tanto poderia ter surgido de tão pouco. Somente o poder e a sabedoria de Deus podem reconciliar os dois pólos da nossa mente. O grão de mostarda e seu crescimento que preenche o mundo, na verdade, são um ícone da criação como tal, na qual Deus plantou um grão de nada em um abismo caótico, e dele surgiu todo um universo movimentado e variado de harmonia que o propósito de Deus olhos encantados considerados “muito bons e muito bonitos” (Gn 1:31a).

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