15. UM EMARanhado FRUTO DE RAÍZES

Explicação da parábola
do joio (13:36-43)

DUAS VEZES NO PRESENTE DISCURSO encontramos a estrutura de uma parábola seguida por outro material e depois uma explicação dessa parábola. O Semeador, como vimos, foi seguido por reflexões sobre o propósito das parábolas como tais e pela bem-aventurança louvando os olhos e os ouvidos dos discípulos (13,10-17); então vem a explicação do Semeador. Da mesma forma, o joio entre o trigo é seguido por duas parábolas mais breves e, novamente, uma declaração geral a respeito das parábolas (13:31-35); só então Jesus explica o seu significado. Por que esse ritmo repetido de parábola/interrupção/explicação de parábola?

Como as sementes no solo e como o fermento na massa, as parábolas precisam descansar em nossas almas por algum tempo e crescer ali antes que possamos nos tornar plenamente conscientes de seu significado. Como em toda a vida, outros acontecimentos, pessoas e palavras intervêm entre o nosso primeiro encontro com uma parábola e a colheita de frutos que ela pode produzir, uma vez que todas estas outras experiências têm de ser assumidas pela parábola e trazidas por ela para uma nova relação. com nós mesmos. A extensão do texto aqui significa a extensão da experiência e do crescimento, o tempo necessário para reunir e integrar itens dispersos em um todo coerente pelo poder da parábola. Acima de tudo, os segredos do Reino contidos numa parábola só podem ser desvendados pelo próprio Jesus. O lapso de tempo entre o dom da parábola por Jesus e a sua explicação por ele ensina-nos que as suas parábolas não são enigmas ou enigmas a resolver pela nossa inteligência, mas antes revelações graduais de realidades para as quais só o próprio Verbo tem a chave.

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