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Sermão em Parábolas (13:1-53): Visão Geral
DEPOIS DO SERMÃO da Montanha sobre a santidade de vida que Jesus traz (5-7), e depois do Sermão da Missão sobre as condições para ser seus discípulos (10,5-42), sete parábolas constituem agora a estrutura deste terceiro grande discurso em Mateus, o “Sermão em Parábolas” (13:1-53). Todas estas sete parábolas tratam do mistério do Reino de Deus. Este tema único tem uma importância tão suprema no Evangelho que será ilustrado a partir de uma variedade de abordagens que competem entre si em concretude e impacto gráfico. As parábolas são as de:
1. o semeador,
2. o joio e o trigo,
3. a semente de mostarda,
4. a Mulher com o Fermento,
5. o Tesouro Enterrado,
6. o Mercador de Pérolas, e
7. a rede lançada ao mar.
As primeiras quatro parábolas apresentam diferentes tipos de crescimento e ilustram a expansão da Palavra de Deus. Destes, o primeiro e o segundo enfatizam a prontidão do solo e a importância da espera paciente pela conclusão do processo de crescimento. O terceiro e o quarto contrastam a pequenez excessiva do início com os imensos resultados no final. As três últimas parábolas deixam claro que a nossa vocação ao Reino nos coloca verdadeiramente diante de uma escolha radical: o Reino não pode ser apropriado em pequenas parcelas ou sem entusiasmo, enquanto se realizam outros negócios paralelamente. Isso nos pressiona a fazer uma escolha entre tudo ou nada.
Deste último conjunto de três, o quinto e o sexto (o Tesouro e o Mercador) enfatizam a pura alegria experimentada por quem descobre o Reino e renuncia a todas as outras coisas belas e valiosas por causa dele, porque o Reino é encontrado como sendo mais desejável do que tudo o mais. A sétima e última parábola da Rede é um resumo adequado de tudo o que a precedeu: afirma tanto a universalidade da vocação cristã, que não exclui ninguém, como ainda a necessidade de uma separação final, resultante do julgamento sobre quem foi digno do chamado e quem não o tem.
Não há aqui contradição entre universalidade e separação, pois é precisamente porque ninguém foi excluído da intenção do Chamador que todos devem ser julgados. Mas são os anjos, e não os outros seres humanos, que no final saem para “separar os ímpios dos justos” (13:49). Somente tais seres celestiais podem ser perfeitamente dóceis aos mandamentos e julgamentos do seu Senhor. Esses anjos já foram julgados e considerados fiéis, enquanto todos os seres humanos ainda serão julgados.
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